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Educação socioambiental na escola: A construção da cidadania a partir de experiências
Emancipatórias
Raphaela Bomtempo
Como citar:
Bomtempo, Raphaela (2014) Educação socioambiental na escola: A construção da cidadania a partir de experiên-
cias Emancipatórias.
Actas del Primer Congreso Latinoamericano de Niñez y Políticas Públicas 2014.
Santiago de
Chile, 14 al 17 de enero. ISBN 978-956-19-0841-3
Resumen
No estudo a seguir, abordaremos o papel e os desafios da escola, assim como dos atores do processo de cons-
trução da cidadania, ainda nas Séries Iniciais do Ensino Básico. O ensaio busca contextualizar uma experiência
pedagógica de uma escola brasileira, localizada geograficamente na zona norte do estado do Rio de Janeiro,
com reflexões a partir do quadro teórico da educação ambiental crítica. Busca-se contribuir com os debates
em torno dos temas da construção da cidadania e diversidade cultural, influenciados pelas ideias de Celéstin
Freinet e sua visão marxista e popular, tanto no que diz respeito à organização do ensino, como ao processo
de aprendizagem. Para tanto, relataremos uma prática escolar em que apostamos no conceito de aula passeio
do autor, aplicado à educação ambiental como uma pista para compreendermos as dimensões pedagógicas
dos conflitos socioambientais e trazê-los para as discussões dentro da escola, colaborando com um processo
educativo que tem como principal objetivo a formação de sujeitos críticos e atuantes acerca das questões so-
cioambientais/culturais que os cercam. Finalmente, consideraremos a experiência cotidiana de extensão cur-
ricular a raiz de uma autêntica e significativa proposta de ensino aprendizagem, que abarca a história de vida
do educando, sua relação com o meio e as exigências deste meio sobre a sua vida, constituindo-se de sentido
e, portanto, se concretizando em construção de subjetividades.
Palabras clave:
construção da cidadania; educação ambiental crítica; aula passeio; papel da escola e seus desa-
fios.
Entendendo a escola como um espaço coletivo, fruto da ação e da reflexão de professores, estudantes, funcioná-
rios, pais e todas as pessoas que habitam seu entorno, não podemos excluir dessa instituição a responsabilidade
que lhe cabe.
De acordo com HOMEM D`EL REY (1993), “a escola é um espaço pedagógico para a realização de atividades
voltadas para o diagnóstico do ambiente de vida onde ela se insere e para instrumentalização do como atuar
sobre ele”. Nessa perspectiva, propomos um estudo sobre as metodologias e práticas em Educação Ambiental,
discutindo sua inserção no currículo e nas experiências de aprendizagem. Trataremos ainda de aspectos como a
interrelação e integração entre escola e comunidade, a partir de uma proposta pedagógica.
Nossas questões orientadoras estão relacionadas às dificuldades das escolas em inserir a educação ambiental em
suas propostas pedagógicas; ao conhecimento que professores e estudantes têm sobre os problemas socioam-
bientais das suas comunidades; e sobre as consequências que um trabalho de educação ambiental nas escolas
pode gerar.
Influenciados pelas ideias de Celéstin Freinet, situado entre os educadores ligados à Escola Nova, e que se posi-
cionou criticamente contra o ensino tradicional através de uma visão marxista e popular, consideramos a expe-
riência cotidiana de extensão curricular a raiz de uma autêntica e significativa proposta de ensino aprendizagem,
em que se abarca a história de vida do educando, sua relação com o meio e as exigências do meio sobre a sua
vida, constituindo-se de sentido e, portanto, se concretizando em construção de subjetividades.
Dimensões currículares e o papel docente em um trabalho interdisciplinar
Para GADOTTI (1984), a escola não deve preocupar-se apenas com o conteúdo, mas com o contexto no qual
ensina. Diz ainda que “a escola tem o papel de estimular a atuação política do estudante, já que um estudante
politizado é motivado pela qualidade, pela relevância social e teórica do que lhe é ensinado”.
