Actas del Pimer Congreso Latinoamericano de Niñez y Políticas Públicas, Santiago de Chile, 14 al 17 de enero de 2014 - page 202

202
2006–ampliaoEnsinoFundamental paranoveanosdeduração, comamatrículadecriançasdeseisanosde ida-
deeestabeleceprazode implantação, pelos sistemas, até2010. Oensino fundamental denoveanosdeduração
coma inclusãodas criançasde seisanosde idadevisavaauniversalizaçãodessaetapadeensinoeoaumentoda
escolaridadeobrigatórianoBrasil, assegurandoa todasas criançasum tempomaiordeconvívioescolar,maiores
oportunidades de aprender pormeio de uma educação commais qualidade. Conforme demonstrado no histó-
ricodoordenamentopolítico-legal, desdehámuitos anos, essasmetas foramalmejadas paraapolíticanacional
deeducação, contudo, aindahámuitoa serpesquisadoeconstruídoparaamelhoriadas condiçõesdeequidade
edequalidadedaEducaçãoBásica.
Após a instauraçãodas Leis, surgirammuitas discussões dentrodas instituições educacionais acercado trabalho
com crianças de cinco e seis anos que ingressaramno ensino fundamental obrigatório. Uma das principais con-
clusõesapontavaqueaampliaçãonãopoderia ser interpretada comoum “adiantamento”, aspeculiaridadesdas
criançasdessa faixaetáriaprecisavam ser respeitadas.
Sabendodas inquietações por parte dos professores, diretores e outros profissionais da educação, oMinistério
daEducação (doravanteMEC), pormeioda SecretariadeEducaçãoBásica (SEB) edoDepartamentodePolíticas
deEducação Infantil eEnsinoFundamental (DPE) criouodocumento “EnsinoFundamental deNoveAnos” (BRA-
SIL, 2007), paraauxiliarnosdebatesediscussões sobrea infâncianaeducaçãobásicaeoferecer subsídiosparao
desenvolvimentodeum trabalhoeficaz
Odocumentodestacaa importânciade reconhecermos queas crianças seutilizamdemúltiplas linguagens para
se expressarem e interagirem com omundo a sua volta, sendo assim, é necessário saber de seus interesses e
preferências, conhecer suas formas de aprender, saber de suas facilidades edificuldades e conhecer o contexto
em que estão inseridas. Com relação ao ensino da leitura e a escrita, o documento ressalta papel do professor
como responsável porpromover atividadesdiferenciadas, comfinalidadese intençõesdiversas, apartirdos con-
hecimentos que os alunos já possuem; proporcionar práticas reais de leitura e produção de diferentes textos,
deixandoqueosalunosescrevame leiammesmoquenãodominemo sistemadeescritaalfabético; desenvolver
a autoestima e a autonomia do aluno durante as atividades de análise e reflexão sobre a língua escrita. A esse
respeitoCorsino (2007) comenta:
[...]as crianças devem ser encorajadas apensar, adiscutir, a conversar e, especialmente, a raciocinar sobre aes-
crita alfabética, pois um dos principais objetivos do trabalho com a língua nos primeiros anos/séries do ensino
fundamental é lhes assegurar o conhecimento sobre a natureza eo funcionamentodo sistema de escrita, com-
preendendoe seapropriandodosusos e convençõesda linguagemescritanas suasmaisdiversas funções. [...]
Partindo do pressuposto que a experiência do aluno com diferentes gêneros textuais possibilita um conheci-
mentodemundoamploe favorável à sua construçãode conhecimentos, aindanos restava compreender: como
organizar o ensino da língua escrita a partir do trabalho com os diferentes gêneros textuais em sala de aula,
considerando a diversidade e a progressão escolar andando juntas? Quais estratégias adotar para a seleção e
utilizaçãodos textos em turmasde crianças com cincoe seis anos?
Opresenteestudodiscutiráumaexperiênciadeensinode gêneros textuais através de sequências didáticas, em
uma turma de 1º ano. Nosso principal objetivo émostrar algumas possibilidades de trabalho que englobam os
quatroeixos doensinoda língua, sendoeles: leitura, escrita, oralidadee análise linguística, respeitandoos inte-
resses dos alunos e considerando-os sujeitos produtores de conhecimentos, conformepropostonodocumento
“EnsinoFundamental deNoveAnos” (BRASIL, 2007).
Este trabalho se situano interior doprojetodepesquisa “Formação Inicial eContinuadadeProfessorasAlfabeti-
zadoras”,emandamentodesdesetembrode2013, comfinanciamentodaCAPES/FAPEMIG.
19
Emnossas reflexões
teóricas e práticas, destacaremos as valiosas contribuições das políticas públicas como os PCNs – Parâmetros
Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa (BRASIL, 1997), a Proposta Curricular da RedeMunicipal (BRASIL,
2010), oProgramadeFormaçãodeProfessores PactoNacional pelaAlfabetizaçãona IdadeCerta (BRASIL, 2012)
eaOlimpíadaBrasileirade LínguaPortuguesa (BRASIL, 2002).
19 OprojetodePesquisaestá ligadoàspesquisasdesenvolvidaspeloGrupodePesquisaALFABETIZE, daFaculdadede
EducaçãodaUniversidadeFederal de JuizdeFora.
1...,192,193,194,195,196,197,198,199,200,201 203,204,205,206,207,208,209,210,211,212,...376
Powered by FlippingBook