Innovando en la educación superior: experiencias clave en Latinoamérica y el Caribe 2016-2017. Volumen 2: metodologías activas de enseñanza y aprendizaje

VOLUMEN 2: METODOLOGÍAS ACTIVAS DE ENSEÑANZA Y APRENDIZAJE 289 habilidades deveriam ser desenvolvidas pela disciplina a partir do ementário e das referências bibliográficas indicadas no PPC. A partir desse mapeamento, foi poss vel identificar a existência de eixos temáticos, assim como competências e habilidades a serem desenvolvidas por mais de uma disciplina, que formavam, então, blocos de conhecimento. O matriciamento apresentou uma nova forma de compreender a disciplina e seus conteúdos que, a partir deste trabalho, deveria ser entendida como parte de uma rede do tecido de conhecimento que forma o profissional, e não mais como algo isolado, fragmentado e independente. Tratava-se, pois, de pensar a disciplina em conjunto com as demais que irão desenvolver as mesmas competências e habilidades, demonstradas pelo matriciamento. Os Assistentes Didático-Pedagógicos, que juntamente com os Coordenadores realizaram este trabalho, proporcionaram um mapeamento da situação pedagógica de cada curso. A reformulação do PPC indicava a necessidade de outra mudança, mais especificamente, a transformação da postura didática do professor em sala de aula. Segundo Freire (2008), há duas concepções de educação: a bancária, na qual o educador o protagonista, depositando conteúdos e o educando participa apenas como receptor do conhecimento que lhe depositado, para que os conteúdos sejam memorizados; e a libertadora, ou problematizadora, pela qual os educandos são sujeitos de seu próprio aprendizado, e os educadores, tamb m sujeitos, mediam, desafiam, provocam, e não apenas transmitem. Para que o Projeto Pedagógico fosse efetivamente implantado em sua nova concepção, era necessário que o professor estivesse preparado para deixar de lado o seu protagonismo. Al m de colocar o aluno no centro do processo de ensino-aprendizagem, o professor precisaria compreender que o ensino do conteúdo era apenas o mote para o desenvolvimento das competências e habilidades. Após a atualização dos PPCs, o UNIFAFIBE passou a uma nova etapa, que consistia na capacitação de seus docentes para a utilização de novas metodologias de ensino. As primeiras capacitações para tratar do novo contexto pedagógico institucional ocorreram no fim de 2011. Em 2012, a Pró-Reitora Acadêmica do UNIFAFIBE inicia um processo de implantação do que ficou conhecida como a metodologia da antecipação de conteúdo. Consiste no processo pelo qual o professor posta, de modo antecipado, no Portal do aluno, denominado de Estudo.com, um material referente ao conteúdo que será ministrado na aula seguinte; que seja um motivador para que o aluno busque mais informações sobre o assunto, faça uma pesquisa pr via, promova uma reflexão antecipada sobre o tema, desenvolva alguma atividade ou resolva uma situação problema. O professor, ao entrar em sala, antes de começar a sua exposição, destina o in cio de sua aula à discussão do material pesquisado ou produzido pelo aluno, como a resolução do exerc cio, da atividade ou da situação problema. Antes, por m, de se chegar a este desenho, foi necessário um processo de análise e de estudo de como proceder à implantação. Em 2011, as capacitações buscavam fazer com que o professor compreendesse o contexto no qual a sua disciplina estava inserida, e a necessidade de um trabalho integrado com os demais docentes do que ficou diagnosticado pelo matriciamento de bloco de conhecimento. Após este processo, em 2012, o UNIFAFIBE começou a discutir uma nova forma de colocar o aluno no centro do processo ensino- aprendizagem, para que a concepção pedagógica obtivesse êxito. Para isso, entender o perfil do aluno do UNIFAFIBE foi muito importante. Para tanto, recorreu-se aos dados da Comissão Própria de Avaliação (CPA), que forneceu o seguinte diagnóstico: cerca de 70% do corpo discente do UNIFAFIBE estuda e trabalha, enquanto cerca de 30% somente estuda. Aproximadamente 85% dos alunos ingressantes no UNIFAFIBE cursaram o Ensino M dio em instituições públicas, enquanto cerca de 9% provêm de instituições privadas e 6% estudaram parte do Ensino M dio em instituições públicas, e a outra parte em instituições privadas.

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