Innovando en la educación superior: experiencias clave en Latinoamérica y el Caribe 2016-2017. Volumen 2: metodologías activas de enseñanza y aprendizaje

VOLUMEN 2: METODOLOGÍAS ACTIVAS DE ENSEÑANZA Y APRENDIZAJE 187 a aplicabilidade da mat ria teórica, dos cálculos na sua profissão, al m de sentirem enorme dificuldade de racioc nio e acreditarem que a prática adquirida sem necessidade da compreensão da teoria. A vivência em sala de aula traz à tona tamb m um grande desafio ao professor: incentivar os dispersos, os desinteressados e, principalmente, amenizar e melhorar, o máximo poss vel, os diferentes n veis de conhecimento dos alunos. Em relação aos questionamentos anteriores, seguem alguns comentários: I - N vel de conhecimento: a principal dificuldade encontrada no grupo em geral. O aluno traz antigos problemas de racioc nio, leitura e interpretação e, ainda, uma base muito defasada de cálculos. As s ries básicas têm deixado muito a desejar, permitindo que os alunos cheguem ao curso superior com o m nimo de conhecimento fundamental. É notável a enorme dificuldade que o aluno apresenta em raciocinar sobre o assunto e interpretar um problema proposto; consequentemente, torna-se dif cil relacionar a prática profissional com a teoria. II - O grande obstáculo de despertar o interesse dos alunos com relação à mat ria a ser estudada vem tamb m das s ries iniciais, nas quais o aprendizado começa e deve estar intimamente relacionado com a concepção de responsabilidade. O desafio do professor no ensino superior abolir o pensamento equivocado do aluno de que o ato de raciocinar totalmente dispensável, pois as máquinas fazem todo o serviço. Não percebem que a tecnologia surgiu e vem se desenvolvendo com intuito de auxiliar e acelerar processos, mas existe a necessidade de se saber como aplicar e utilizar essa tecnologia. III - Outro desafio identificar os diversos tipos de alunos e enquadrar cada um no contexto em sala de aula. Em uma sala de um curso superior, existe um vasto universo de personalidades, faixa etária e objetivos. Com isso, o trabalho do professor vai muito al m do ensinar, e nesse contexto que surge a importância da interação professor-aluno, da interação sociocultural e, principalmente, da união dos conceitos cotidianos ou espontâneos com os conceitos cient ficos. IV - O v nculo entre teoria e prática essencial para o desenvolvimento de um profissional competente, sendo que evidente a ideia dos alunos, em sua maioria, de que aprender a teoria um exagero imposto pelo professor. Para eles, somente saber operar uma máquina suficiente para serem engenheiros completos. Em uma aula de cálculo, quando o aluno se depara com uma situação-problema, não consegue efetivar a transposição do conteúdo ao problema. É complicado o quadro em que se insere uma sociedade que permite que seus alunos cheguem ao ensino superior sem uma formação responsável e como indiv duos sem noção de cidadania e profissionalismo. Todos esses comentários sugerem que algo urgente deve ser feito para solucionar os d ficits encontrados no dia a dia em sala de aula do ensino superior na área de exatas. Aplicação do Peer Instruction O m todo Peer Instruction foi aplicado no 1º semestre de 2015 das seguintes turmas: Engenharia Mecânica A, B e C, Engenharia da Computação A e C, Engenharia de Produção B, Engenharia Civil C, Engenharia El trica C e Matemática A. Inicialmente, foi dada uma explicação aos alunos sobre o que o m todo, , quais suas etapas, para que serve e, principalmente, quais são seus benef cios. Após essa exposição, foi aplicado um questionário de opinião sobre ensino-aprendizagem e com solicitação de alguns dados pessoais, com intuito principal de conhecer as caracter sticas dos alunos. Assim, colhidos os dados, inicia-se a aplicação do Peer Instruction em aulas intercaladas e ao final do semestre, aplica-se um segundo

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