Volumen 3: integración de TIC-S

VOLUMEN 3: INTEGRACIÓN DE TIC’S 80 da escola deixou de ser o de transmitir conteúdo, passando a se constituir como um importante espaço de reflexão e s ntese da informação (Libâneo, 2011), bem como de interação social. Cabe-nos perguntar se ela tem exercido eficazmente esse papel. Na atualidade, a interatividade dinâmica eleva-se em importância, implicando no desejo da participação ativa e autônoma do sujeito em suas atividades, quer pessoais, quer profissionais. Nas salas de aula, esse novo perfil do ser humano revela-se na dificuldade de concentração do aluno ante explanações longas do professor, durante as quais ele se vê receptor inativo do saber do outro, saber esse que ele nem sempre reconhece como relevante ou útil aos seus objetivos futuros. Isto posto, pensar metodologias de ensino que modifiquem o papel do professor na sala de aula, tirando-lhe o fardo de detentor de um saber que o aluno necessita e deve desejar, e passando a compreender o aluno como autor do seu conhecimento parece indicar uma premência para a escola atual, e esse não um alerta recente. Contudo, muito se tem falado, mas pouca mudança se tem visto nas salas de aula de qualquer dos n veis ou esferas de ensino; a maior parte das aulas, mormente as de matemática, continua com longas exposições dos professores, seguidas muitas vezes de tamb m extensas listas de exerc cios que objetivam treinar os alunos atrav s da repetição. Por sua vez, as metodologias ativas sedimentam-se na interação entre alunos; partindo de situações instigantes, estimulam a curiosidade e o desejo da pesquisa, levando o estudante ao centro da construção de seu aprendizado. Não obstante, o professor, ao contrário do que possa parecer, não um mero expectador nesse processo, mas age para mediar essa construção. Nesse sentido, as metodologias ativas apresentam-se como uma possibilidade para o ensino da matemática, o que este texto se propõe a mostrar. A experiência O relato que ora se apresenta baseia-se em uma experiência da primeira autora 28 em uma turma de quarto per odo do curso de Ciência da Computação de uma instituição particular de ensino superior, em uma das aulas da disciplina Cálculo Num rico, no ano de 2015. Nessa aula, de 100 minutos, foram aplicadas, concomitantemente, as metodologias ativas: Resolução de Problema, Instrução em Pares e Sala de Aula Invertida. A metodologia Resolução de Problemas consiste na busca, pelos alunos, da identificação do problema e do estabelecimento de estrat gias para solucioná-lo. Um problema, nesta concepção, representa uma questão ainda não conhecida pelo aluno, mas ao mesmo tempo, poss vel de ser por ele resolvida. Ademais, o problema deve ter a capacidade de suscitar o interesse do aluno em resolvê-lo. Nesse sentido, Romanatto (2012, p.302), alega que: “Essa perspectiva metodológica da resolução de problemas permite ao estudante a alegria de vencer obstáculos criados por sua curiosidade, vivenciando o ‘fazer matemática’.” Na Instrução em Pares, ou Peer Instruction, o problema solucionado com base na reflexão conjunta. Inicialmente, o professor apresenta a situação à turma, e cada aluno, individualmente, elabora sua resposta, exibindo-a, a seguir, aos seus colegas. Em geral são utilizados cartões do tipo flashcards, com alternativas. Em seguida, reunidos em grupos, os alunos discutem as respostas encontradas, para, então, chegarem a uma solução conjunta, que, a sua vez, será apresentada por cada grupo, gerando novas discussões. 1 Christiane Novo Barbato - Faculdade de Jaguariúna 1

RkJQdWJsaXNoZXIy Mzc3MTg=