Innovando en la educación superior: experiencias clave en Latinoamérica y el Caribe 2016-2017. Volumen 2: metodologías activas de enseñanza y aprendizaje

VOLUMEN 2: METODOLOGÍAS ACTIVAS DE ENSEÑANZA Y APRENDIZAJE 96 considerações e fechamentos do professor. Por outro lado, o número de orientações individuais com alunos, discutindo dúvidas espec ficas sobre a sua empresa, diminuiu significativamente, uma vez que a maioria das questões era resolvida durante o debate no grande grupo ou no fechamento do tema pelo professor. Ao se comparar os indicadores acadêmicos desta com outras turmas, verificou-se uma maior pontualidade na chegada dos alunos às aulas, percebendo-se maior envolvimento. Alguns problemas, entretanto, surgiram durante a aplicação da t cnica. Por exemplo, a solicitação de que cada grupo apresentasse um relatório escrito do debate (pequeno grupo) ao final da aula não teve adesão, mesmo valendo nota. Os alunos manifestaram que preferiam fazer anotações nos seus trabalhos a emitir um relatório sobre a discussão. Com isso, a nota destinada aos relatórios (originalmente pensada em 10%) foi redistribu da para outras avaliações. Às vezes ocorria que nenhum integrante do grupo tivesse o referencial teórico (projeto) para consultar a respeito de um conceito. Embora raros, ocorreram casos de alunos que se limitavam a ouvir os outros ou não participavam do debate, ficando junto aos celulares ou notebooks. Nessas situações, o professor fazia uma intervenção, convidando-os a voltar ao debate. Por outro lado, alunos mais dedicados acabaram compondo alguns grupos “fechados”, procurando evitar os que não desejavam participar de fato. Analisando-se os dois grupos de alunos identificados, o grupo “I Hate It” parece ter uma postura mais passiva, isto , de recepção do conhecimento (ensino centrado no professor). É o grupo que não vê a importância do colega na construção do seu conhecimento. Destaca-se que prefere um feedback do professor ao do colega e reforçam esse entendimento na medida em que afirmam ser necessário o fechamento feito pelo professor. Possivelmente esse ainda um resqu cio de muitos anos de uma abordagem tradicional de ensino, na qual a palavra final sobre o que está certo ou errado dada pelo professor. Isso foi reforçado pela manifestação de que a orientação do professor preferida em relação ao debate com o grupo, reforçando o estilo de ensino e aprendizagem tradicional, no qual o professor ensina, conduz e valida o conhecimento. Já o grupo “I Love It” desenvolve um processo totalmente oposto, isto , tem um papel ativo na construção do conhecimento, mostrando-se totalmente aberto à abordagem TBL (ensino centrado no aluno). Trata-se de um grupo de alunos que tem ciência do seu papel e que vai, por exemplo, propor a forma final para o produto da sua reflexão. Sente-se, portanto, à vontade para escolher os caminhos e os recursos para aprender. Destaca-se que esse perfil acredita ter aprendido muito com os colegas, inclusive revelando que, em grupo, aprende mais do que com o professor. Esse perfil parece entender a principal proposta de Michaelsen, Knight e Fink (2002) que diz que times ou equipes são diferentes de grupos. Times são caracterizados por um elevado n vel de compromisso individual para o bem-estar do grupo e de um elevado n vel de confiança entre os membros. Nesse contexto, os autores deste trabalho pretendem continuar utilizando a metodologia TBL nos próximos semestres, analisando os resultados de forma comparativa com as metodologias tradicionais que eram adotadas anteriormente. Al m disso, pretende-se realizar alguns ajustes na aplicação TBL, passando a incluir formalmente as etapas de validação individual antes dos debates em grupo. O TBL apresenta vantagens tamb m para os professores. Na medida em que os alunos conduzem, de maneira mais autônoma, o processo de aprendizagem, mais tempo sobra para o professor observar, ouvir e refletir sobre o processo de ensino. Mais uma vez, vêm à luz as grandes vantagens das metodologias ativas de aprendizagem: não só ganham os alunos, por se apropriarem do processo de aprendizagem, como ganham tamb m os professores, desempenhando sua função maior, que a de prover as condições para uma aprendizagem prazerosa e significativa.

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