Innovando en la educación superior: experiencias clave en Latinoamérica y el Caribe 2016-2017. Volumen 2: metodologías activas de enseñanza y aprendizaje
VOLUMEN 2: METODOLOGÍAS ACTIVAS DE ENSEÑANZA Y APRENDIZAJE 95 É válido ressaltar que os alunos que não gostaram da metodologia TBL, isto , preferem trabalhar sozinhos, parecem ser mais pragmáticos. Eles parecem querer resolver logo o assunto, fazendo o trabalho de uma vez, inclusive aceitando ou desejando a possibilidade de fazê-lo em aula. Outro resultado importante da aplicação do TBL foi o peer evaluation . A avaliação entre os pares foi aplicada pela primeira vez com a seguinte orientação ao aluno: a nota que seu colega receberá será a que você der para ele ao avaliar o seu projeto parcial nos itens que devem ser entregues. Por m, o resultado não refletiu a realidade, uma vez que as notas atribu das pelos alunos uns aos outros foram muito altas (m dia: 9,4). Dessa forma, foi solicitado que outros professores, em um parecer de aceite parcial do TCC I que feito atrav s de um formulário com considerações sobre o projeto, dessem uma nota para os trabalhos. A m dia das notas dadas pelos professores, para os mesmos trabalhos avaliados pelos pares, foi de 6,5. Ou seja, os alunos foram muito “camaradas” com os seus colegas, não querendo prejudicá-los em sua avaliação. Confrontados com esse fato, os alunos disseram ao professor que um maior detalhamento dos crit rios de avaliação poderia levá-los a serem mais precisos nesse processo. Mesmo tendo-se realizado esse detalhamento, ainda assim os alunos foram muito benevolentes uns com os outros na avaliação seguinte. A partir dessa experiência, o professor decidiu inverter o destinatário da nota da avaliação entre pares: no lugar do resultado da avaliação gerar uma nota para o projeto avaliado, passou a contar como uma nota para o avaliador. Assim, o novo objetivo do peer evaluation passou a ser, al m de fazer os alunos tomarem conhecimento do trabalho de um colega, obtendo novas ideias para o seu, o de desenvolver a capacidade de avaliação. O foco do trabalho passou a ser o de verificar a capacidade do aluno de identificar pontos fortes e oportunidades de melhoria nos trabalhos dos colegas. Para dar uma nota aos avaliadores, o professor comparou as avaliações dos alunos com as suas e, sempre que eles tivessem uma avaliação num patamar igual ao seu, ganhavam um ponto. Se a diferença fosse de apenas um n vel, ganhavam 0,5 ponto. Com essa mudança a avaliação entre pares das entregas tornou-se coerente, sendo isso verificado pelas notas dos avaliadores as quais, em m dia, foram de 8,2 na primeira entrega, de 9,2 na segunda e de 9,4 na terceira e última. Reflexão Este trabalho buscou apresentar uma experiência de uso da metodologia Team-Based Learning (TBL) em uma disciplina de apoio ao planejamento e execução de trabalho de conclusão de curso. Al m de descrever os experimentos realizados, apresentou a avaliação dos alunos quanto à validade da metodologia de ensino, bem como suas percepções em relação à aprendizagem desenvolvida. De acordo com o professor, o clima percebido era de muita descontração durante os debates, havendo muita tomada de consciência por parte dos alunos. Eram frequentes expressões como “então eu não sei o que são processos operacionais” ou “acabo de descobrir que eu não sei fazer análise de conteúdo”, emanadas dos alunos durante o debate nos pequenos grupos ou durante as discussões compartilhadas no grande grupo. Al m dessa tomada de consciência sobre o que os alunos sabiam ou não, estes tamb m pareciam ter ciência do quanto estavam em dia ou atrasados com os conteúdos da próxima entrega. Os alunos faziam anotações nas folhas guia constantemente, tanto durante os debates no pequeno grupo quanto nos debates no grande grupo, al m, claro, de o fazerem quando do fechamento feito pelo professor. Muitos alunos fizeram anotações nos seus projetos de pesquisa, com dicas de ajustes necessários. Havia muita atenção dos alunos durante o debate no grande grupo, bem como durante as
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