Innovando en la educación superior: experiencias clave en Latinoamérica y el Caribe 2016-2017. Volumen 2: metodologías activas de enseñanza y aprendizaje

VOLUMEN 2: METODOLOGÍAS ACTIVAS DE ENSEÑANZA Y APRENDIZAJE 90 em garantir que os alunos tenham a oportunidade de praticar, usando conceitos do curso para resolver problemas” (michaelsen; knight; fink, 2002, p. 7, tradução nossa). Como estrat gia de ensino, o TBL se compõe em três fases: preparação, aplicação e avaliação. Na primeira fase há a preparação dos estudantes atrav s de leituras sobre o tema proposto pelo professor, sendo esta realizada fora da sala de aula. O professor seleciona os materiais que julgar pertinentes ao tema, podendo ser, por exemplo, um artigo cient fico, uma reportagem jornal stica, uma entrevista, um cap tulo de livro ou um v deo. O objetivo dessa fase que o aluno tenha um entendimento geral e conceitos básicos sobre o assunto, uma vez que a profundidade virá mais tarde (Michaelsen; Knight; Fink, 2002; Simonson, 2014). Tamb m integra essa etapa um conjunto de atividades que visa verificar o grau de preparo pr -classe por parte dos alunos. Nesse ponto, os estudantes recebem questões sobre o tema, frequentemente no formato de múltipla escolha, respondendo-as individualmente. Isso caracteriza a “garantia de preparo individual”, sendo que a pontuação resultante tem um peso pr -definido (geralmente de 30%) da avaliação global. Logo após o preenchimento e entrega ao professor das respostas individuais, as mesmas questões são discutidas na equipe, havendo o debate sobre eventuais divergências em relações às respostas individuais. Dos debates deve surgir uma nova proposta de respostas, fruto do consenso, as quais buscam caracterizar a “garantia de preparo do grupo”. Essas respostas têm um peso maior na avaliação global (70%). O ideal que a equipe seja constru da de forma aleatória, buscando uma diversidade de n veis de conhecimento e de experiências e, se poss vel, sem v nculos de amizade. Após a correção das respostas, um grupo poderá fazer uma “apelação” ao professor, apresentando, na forma escrita, uma pequena defesa do seu ponto de vista e de como interpretou uma questão, fundamentando a escolha por uma determinada resposta. Havendo fundamento na apelação, o professor poderá dar os pontos correspondentes à questão revista. Finalmente, baseando-se nos resultados das avaliações individuais e em grupo, o professor parte para resolução de dúvidas sobre os conceitos e eventuais lacunas de conhecimento que possam ter sido identificadas. O professor tamb m pode apresentar comentários adicionais e trazer exemplos que julgar pertinentes para o entendimento correto dos conceitos- chave (Michaelsen; Knight; Fink, 2002; Simonson, 2014). A segunda fase a de aplicação dos conceitos estudados. Nesse momento, os alunos irão utilizar a base teórica estudada, enfrentando desafios que somente poderão ser resolvidos com o uso desta. Assim como na etapa de preparação, tamb m a etapa de aplicação pode ser realizada propondo-se questões a respeito de um problema ou solicitando-se uma interpretação cuja solução será avaliada de duas formas: individualmente e no pequeno grupo. Os debates em equipe consistem na primeira fase, de discussões, e os debates no grande grupo, à fase final. Assim, os estudantes podem discutir um problema e obter consenso em sua equipe e, ao mesmo tempo, ter novas perspectivas sobre a mesma situação, oriundas das discussões de outros grupos. (Michaelsen; Knight; Fink, 2002; Simonson, 2014). A etapa de aplicação se encerra com a participação do professor de maneira mais ativa. Após os debates no grande grupo, cabe ao professor a resolução de dúvidas que ainda tenham restado em relação aos pontos trabalhados, o esclarecimento sobre eventuais inconsistências nos resultados encontrados, as complementações com casos particulares ou outros exemplos de aplicação do conhecimento em pauta.

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