Innovando en la educación superior: experiencias clave en Latinoamérica y el Caribe 2016-2017. Volumen 2: metodologías activas de enseñanza y aprendizaje
VOLUMEN 2: METODOLOGÍAS ACTIVAS DE ENSEÑANZA Y APRENDIZAJE 49 e argumentativos aplicados, como a necessidade deles para melhorar a compreensão dos processos comunicativos nos diversos n veis. A partir dessa constatação, como verificar se essa abertura oferece aos alunos maior percepção daquilo que praticam intuitivamente? Haveria uma maneira de observar sens veis modificações na qualidade da escrita ou mesmo na oralidade? Os alunos perceberam tais mudanças? Para responder tais perguntas foram utilizadas duas estrat gias: distribuição de um questionário com perguntas indiretas aos alunos e exerc cios orais e escritos efetuados antes e após as aulas de retórica com uso das metodologias ativas. Evidentemente não cabe aqui mostrar todos os efeitos, mas os resultados do questionário e os de um exerc cio escrito servirão para apontar os ind cios. Com relação à disciplina de M todos da Produção do Conhecimento, após o estudo de cada um dos m todos (Quantitativo, Qualitativo e Estudo de Caso) por meio de metodologias ativas, a tarefa consistiu na elaboração de artigo com um dos m todos escolhidos. Aplicação de metodologias ativas Em Leitura e Produção de Textos, as aulas, com duração de três horas e meia e intervalo de dez minutos, apresentam uma metodologia diferenciada para cada assunto e se adequam ao auditório. Dessa forma, se para determinado grupo de alunos mais conveniente comentar sobre conceitos e exercitar depois, para outro, o mais sensato será apresentar e discutir um texto e só então, introduzir e trabalhar o conceito. Em outros casos, parte-se do repertório do aluno. Assim, não existe uma forma única ou mais apropriada. Depende sempre da disposição do auditório. Como ilustração, o tema Retórica e Argumentação tratado em vários momentos e retomado sempre que poss vel, com a finalidade de reforçar o entendimento. Uma das maneiras de abordar tem sido o m todo socrático, por meio de perguntas espec ficas sobre o assunto (o que o aluno entende por retórica, em que contexto a palavra foi ouvida, o que argumentação, persuasão, convencimento, se existe diferença entre persuasão e convencimento ...). O m todo repetido para cada uma dessas perguntas. Os alunos se manifestam livremente e a professora anota as respostas — corretas ou não — no quadro, para que todos acompanhem o racioc nio. Como se trata de conceitos complexos, muitas vezes necessário considerável esforço, mas há grande participação. Após esse primeiro momento de debate, os alunos são levados a refinar a lista de respostas e só então os conceitos são ministrados. Em seguida, os estudantes são instados a exemplificar com casos reais, fruto da observação ou experiência pessoal e corrigidos, se necessário. O assunto retomado em aulas posteriores, embora com outra abordagem. Durante o estudo da linguagem jornal stica, por exemplo, os alunos são solicitados a aplicar os conceitos de retórica e argumentação já trabalhados. O mesmo ocorre nas aulas de linguagem promocional e de linguagem organizacional, esta última considerada foco da disciplina LPT. Apesar da retomada em vários momentos e dias diferentes, há sempre cuidado para que o tópico não se torne cansativo, embora haja necessidade de repetições. Conceitos de ethos, pathos e logos são introduzidos nas aulas subsequentes, por m de forma diversa, uma vez que dificilmente alunos de cursos de tecnologia terão tido contato com tais vocábulos. Nesse caso, um triângulo com os termos mostrado e o conceito explicado por meio de várias ilustrações. Só então os estudantes começam a participar com exemplos, experiência e se posicionar diante dos discursos pol tico, educacional e organizacional. Textos curtos são projetados em tela para que todos possam ler e analisar. Busca-se sempre a participação do maior número de alunos. Qualquer que seja a sequência
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