Innovando en la educación superior: experiencias clave en Latinoamérica y el Caribe 2016-2017. Volumen 2: metodologías activas de enseñanza y aprendizaje
VOLUMEN 2: METODOLOGÍAS ACTIVAS DE ENSEÑANZA Y APRENDIZAJE 181 promovendo a interação multidisciplinar, o que não acontece em nenhuma das atividades dos cursos citados. A metodologia empregada – de maneira ativa nos formatos be-learning ou blended , h brida e semipresencial que combinou encontros presenciais com atividades desenvolvidas a distância e mediadas pelas tecnologias de informação e comunicação – demonstrou uma grande capacidade de desenvolver, al m das competências t cnicas e espec ficas de cada profissão, as competências transversais para resolução de problemas e criatividade, organização e responsabilidade, relacionamento interpessoal, trabalho em equipe, comunicação escrita, comunicação oral e racioc nio num rico. Com a colaboração de mais de vinte docentes da FAAC (tutores e coordenadores dos módulos) nesta 2ª edição em 2015, não só os estudantes mas tamb m os docentes mudam o m todo convencional de ensino. Desafiados os estudantes e docentes pela busca de conhecimentos, mesmo com certa insegurança de como proceder e exigindo um grande esforço dos interlocutores (alunos, coordenadores e tutores), essa mudança traz o autoaprendizado, produzindo uma transformação no papel dos atores do processo de ensinar e aprender. Se antes o professor era considerado o centralizador do conhecimento e o aluno o receptor de informações transmitidas pelos docentes, a inserção desse programa trouxe a possibilidade de se implantar um processo em prol de uma educação transformadora. Na segunda edição do programa já foi poss vel observar resultados concretos de aprendizagem, adicionando experiências e novos conhecimentos aos modos de saber e fazer, em relação à primeira edição no Brasil. O número de alunos inscritos para o programa foi muito superior ao da primeira edição, o que indica o interesse dos envolvidos. Do mesmo modo, o empenho dos docentes que se colocaram à disposição para colaborar com as tutorias das agências, mais do que dobraram em número e disposição para participar do programa. E, ainda, pode-se observar que o estabelecimento e contato com as dificuldades encontradas, na realidade, foram uma motivação para os estudantes e docentes, pois possibilitaram a construção de novos sentidos, visto que a aplicação dos conhecimentos está relacionada aos problemas vivenciados por eles na elaboração da campanha, na formação dos grupos de trabalho e no respeito às diferenças e anseios que ocorrem durante todo o programa. Tanto na primeira quanto na segunda edição, foram escolhidos clientes reais (Ra zen – uma joint venture entre a Shell e a Cosan, em 2014, e o Ex rcito Brasileiro, em 2015) com abrangência nacional, o que significativo, sobretudo em um pa s com dimensões continentais. Esse fato fez com que, para cumprir o briefing, os alunos tivessem que pesquisar e pensar em uma realidade ampla, muito al m daquela vivenciada no seu dia a dia. A experiência com culturas distintas se dá, dessa forma, tamb m ao exigir que olhem para o pa s onde nasceram, identificando as especificidades de cada região e respectivas culturas do território nacional. E ainda, no que se refere à interculturalidade, foram criados mecanismos de diálogo, via m dias sociais, entre as agências brasileiras e as espanholas. Mais do que a compreensão de outro idioma, essa prática proporcionou a reflexão sobre culturas distintas, ampliando o conhecimento que os estudantes brasileiros tinham dos espanhóis ou os espanhóis dos brasileiros, na maioria das vezes ancorado em estigmas ou estereótipos que podem ser descontru dos nessa interação. Outro ponto facilmente identificado como resultado dessa prática educativa foi o desenvolvimento de uma postura empreendedora. Para participar e ter bons resultados, os alunos foram desafiados a trabalhar em equipes de forma coordenada e eficiente. Foi preciso identificar e reunir talentos como laços de coesão (e não apenas laços de amizade), a fim de criar uma agência de comunicação, com missão, visão, valores, identidade visual, posicionamento no mercado competitivo, al m de definir posições e funções claras e buscar maneiras criativas de captar recursos.
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