Innovando en la educación superior: experiencias clave en Latinoamérica y el Caribe 2016-2017. Volumen 2: metodologías activas de enseñanza y aprendizaje

VOLUMEN 2: METODOLOGÍAS ACTIVAS DE ENSEÑANZA Y APRENDIZAJE 120 ( problem-based learning ), metodologia de ensino-aprendizagem que surgiu na escola de medicina da Universidade McMaster, no Canadá, em meados de 1960. Parte do princ pio de que a aprendizagem não um simples processo de recepção de informações, mas de construção de significados. O PBL baseia-se na metacognição e na habilidade de trabalhar em grupo, al m da interação de aprender com a realidade (Ribeiro, 2008). Trata-se de uma metodologia ativa. Ungaretti, Thompson, Miller & Peterson (2015) compararam o modelo de ensino na graduação de medicina, que usa uma metodologia ativa como o PBL (Problem-based learning), que coloca o aluno em situações reais, com os modelos de ensino praticados na graduação de administração; registraram, inclusive, a dificuldade de preparar o professor para exercitar novas práticas de ensino em que o aluno possa exercitar as competências necessárias para o processo decisório e a criatividade em situações reais de mercado, por exemplo. A escolha da fábrica de bolsas partiu de decisão aleatória por parte do docente, em que foram colocadas três opções para votação dos alunos, entre elas: padaria, fábrica de cosm ticos, fábrica de bolsas. A fábrica de bolsas foi a mais votada e, assim, o experimento foi aplicado igual e simultaneamente para todos os alunos de duas turmas de 1º. e 2º. semestres da IES, em duas unidades distintas, perfazendo o total de 168 alunos divididos em 25 grupos, entre 2014 e 2015, em São Paulo. Resultados obtidos O Laboratorio Prático de Ensino da Administração Cient fica na Graduação em Administração, com a dinâmica da criação da fábrica de bolsas, não teve o objetivo de criar uma teoria de ensino-aprendizagem ou de testar um modelo teórico espec fico. Partiu de uma ação criativa de inverter o modelo concentrado no docente, em que os alunos tiveram participação ativa no processo, principalmente sabendo que não havia pontuação em nota. Como qualquer iniciativa está sujeita ao acerto ou a rejeição, e tendo em vista que os alunos ingressantes de 1º. e 2º. semestres não estão com v cios clássicos da convivência ao longo da graduação, tais como copiar trabalhos, juntar seis pessoas e somente duas terem participação ativa, ou at mesmo fazer tudo com objetivo único de nota, o experimento proposto com a criação da fábrica de bolsas permitiu observar os seguintes pontos: - Houve adesão de 22 grupos, sendo que 3 grupos e seus respectivos alunos não compareceram mais ao curso após a dinâmica (por m não há como afirmar se houve ligação direta com o projeto, por m de conhecimento um maior ndice de evasão no in cio da graduação por vários outros motivos); - Houve aumento no desempenho geral da m dia da sala na prova; o que antes era feito sem a dinâmica, a nota m dia era de 2, 0 a 3,5 pontos em um instrumento complexo valendo de 0 a 10 pontos; com a dinâmica, a nota media passou para 5,5 a 7 pontos, considerando o mesmo tipo de prova, quantidade de questões e conteúdo abordado com foco na administração cient fica; - Houve interação entre os alunos e esforço para apresentar um trabalho interessante al m da visibilidade clara de sentimento de orgulho na apresentação do primeiro trabalho da faculdade, por assim dizer; - Houve entendimento por parte do docente de que as decisões tomadas pelos grupos, nas suas respectivas fábricas, a partir dos tópicos básicos conceituais exigidos, foram amplamente entendidos com variação, por exemplo, de fábricas com 15 funcionários e outras com at 150 funcionários; por m, nenhum grupo conseguiu dimensionar os tópicos básicos exigidos;

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