Innovando en la educación superior: experiencias clave en Latinoamérica y el Caribe 2016-2017. Volumen 1: gestión curricular y desarrollo de docencia

94 VOLUMEN 1: GESTIÓN CURRICULAR Y DESARROLLO DE LA DOCENCIA processode aprendizagem. Deparando-se com tal necessidade, percebeu-se que era importante entender o processo de formação de professores de modo diverso do que se fazia, pois tratava-se de uma abordagem pautada em metodologias tradicionais, muito mais expositivas do que deveriam ser. Como chegar a uma mudança metodológica em sala de aula, se toda a abordagem com os professores era fundamentalmente a mesma que se desejava que ele ressignificasse? Frente a essa constatação, iniciou-se um levantamento de que elementos deveriam ser considerados para apoiar o corpo docente na caminhada de mudança. Sabia-se que, para mudar, o professor deveria ver relevância na proposta, percebê-la como potencial para melhorar a aprendizagem de seus alunos e tê-la como coerente com seu estilo. Tamb m necessário um ambiente seguro para a mudança – o que significa que a IES deve oferecer um contexto facilitador e apoiador para o professor experimentar. Do contrário, voltará para seu antigo modo de atuação, mais conhecido e com resultados minimamente comprovados. Portanto, mais do que julgar o professor pela sua eventual dificuldade de promover mudanças em sua metodologia de ensino, necessário apoiá-lo nesse processo. Outra questão a ser considerada que, para aumentar as chances de sucesso de qualquer projeto que implique mudança de cultura, essencial que exista um gerenciamento de modo a se identificar, monitorar, controlar as eventuais resistências e identificar pessoas que efetivamente venham a se comprometer com os objetivos estabelecidos e os resultados desejados. Assim, “a gestão da mudança pode ajudar a escola a lidar melhor com os impactos nas pessoas, processos, tecnologias, contextos, novos projetos, etc, evitando ou removendo forças desestabilizadoras e atuando para que as novas práticas sejam continuadas, [tentando evitar a] desmotivação e falta de credibilidade nas mudanças futuras”. 6 A jornada Acreditando, como Murici, 7 que mudanças inspiram novas mudanças, no segundo semestre de 2013, as Faculdades Opet decidiram iniciar um programa de implantação de metodologias ativas.A primeira experiência de implantação das metodologias ativas no contexto desse programa foi aplicada no segundo semestre de 2013 e no primeiro semestre de 2014. Cinco professores do curso de Direito foram convidados a dela participar, com o desafio de promover mudanças em sua prática docente. Todos eles tinham, no m nimo, cinco anos de docência na IES, eram contratados com 40 horas semanais, sendo 12 delas horas fora de sala de aula para planejamento, estudos e projetos de pesquisa, e foco na vontade de fazer a diferença na vida dos alunos. É importante ressaltar que a adesão da coordenação de curso ao projeto foi essencial; caso não houvesse acontecido, os projetos dos professores não teriam tido os mesmos resultados. Os cinco docentes foram chamados a definir metodologias que gostariam de experimentar em suas aulas. Deste grupo, originaram-se quatro projetos, tendo em vista que dois professores decidiram trabalhar em um projeto comum. A Instituição ofereceu a eles um profissional da área de Design Instrucional e Tecnologias Educacionais para apoiar suas iniciativas. Havia encontros presenciais em grupo e tamb m individuais. Os professores, junto com o profissional de apoio, tamb m se comunicavam virtualmente. 6 MURICI, p. 158-159. 7 Idem, p. 165.