Innovando en la educación superior: experiencias clave en Latinoamérica y el Caribe 2016-2017. Volumen 1: gestión curricular y desarrollo de docencia
75 VOLUMEN 1: GESTIÓN CURRICULAR Y DESARROLLO DE LA DOCENCIA Assim, não se trata de apenas oportunizar aos alunos exporem seus pontos de vistas, mas que, ao vivenciar a consciência cr tica e criadora, protagonista, aberta às novas s nteses poss veis e necessárias diante dos desafios do tempo presente, uma nova consciência acadêmica, profissional e cidadã se desenvolva. A voz dos professores e dos alunos posicionam-se em comum diálogo, acolhendo limites, dificuldades, sinceridades, discordâncias, concordâncias, enfim, todas as possibilidades de percebermos coletivamente que a construção de conhecimento infinita e que há muitos caminhos a serem percorridos. Nesse sentido, caminhando ainda com Freire, podemos entender o que aqui esse autor propõe: É na realidade mediatizadora, na consciência que dela tenhamos educadores e povo, que iremos buscar o conteúdo programático da Educação. O momento deste buscar o que inaugura o diálogo da Educação como prática da liberdade. ” (Freire,2005, p.101). Destarte, ao considerar a dimensão da dialogicidade, Freire aponta-nos para a necessária criação de espaços e de momentos propiciadores dessas relações e diálogos reflexivos, nos quais os alunos possam expressar sua visão de mundo, argumentar seus entendimentos teóricos das leituras propiciadas sobre os diversos temas de sua prática formativa entre seus pares e com a contribuição dos docentes nesse processo de construção coletiva. c) Construção de narrativas coletivas As narrativas coletivas acerca de um tema comum, de um estudo realizado, ou de uma experiência vivenciada tem-nos proporcionado o exerc cio cotidiano do mais alto desafio de “fazer com”. Há em nossa própria formação experiências de trabalhos em grupos, como acadêmicos, os quais geram muito desencanto. A construção de narrativas coletivas desafia o grupo da construção que não o pensamento de um, mais o pensamento do outro e mais o pensamento do outro, mas uma s ntese que integre a multiplicidade e a diversidade de todos. Os frutos desse trabalho ficam na própria incompletude do conhecimento, posto que as s nteses são as poss veis naquele momento e naquele contexto. Neste trabalho encontramos respaldo nas contribuições de Larrosa (2002), que fala do inacabamento e da incompletude: “As palavras determinam nosso pensamento porque não pensamos com pensamentos, mas com palavras, não pensamos a partir de uma suposta genialidade ou inteligência, mas a partir de nossas palavras. E pensar não somente “raciocinar” ou “calcular” ou “argumentar”, como nos tem sido ensinado algumas vezes, mas sobretudo dar sentido ao que somos e ao que nos acontece. E isto, o sentido ou o sem-sentido, algo que tem a ver com as palavras. E, portanto, tamb m tem a ver com as palavras o modo como nos colocamos diante de nós mesmos, diante dos outros e diante do mundo em que vivemos. E o modo como agimos em relação a tudo isso.”(Larrosa, 2002, p.21)
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