Innovando en la educación superior: experiencias clave en Latinoamérica y el Caribe 2016-2017. Volumen 1: gestión curricular y desarrollo de docencia

73 VOLUMEN 1: GESTIÓN CURRICULAR Y DESARROLLO DE LA DOCENCIA seus corpos, o ritmo da fala de mais uma aula expositiva, que agora vivenciam não mais num banco de escola, mas numa sala de aula universitária, embala e embota sua atenção. A aula não estimula, não cria, não instiga para al m de sua passividade. Não obstante, esse mesmo aluno, ou aluna, acredita tamb m que esta postura o equipara de conhecimentos suficientes, para que se transforme em um profissional capacitado. Cabe a nós, reconhecendo a realidade da prática profissional e do mercado de trabalho, que lhes apresentemos novas formas de pensar, de aprender, de transformar conhecimento em saber. Em que práxis investimos, em quais situações ousamos? O que recriamos no coletivo do cotidiano das relações acadêmicas? Compartilhamos algumas experiências que vivenciamos nas salas de aula e que nos remetem à reflexão sistêmica que nos dimensionam para al m das quatro paredes que nos cercam e nos possibilitam a visão dos sujeitos históricos e de direitos que formamos e transformamos. a) Seminários Interativos A proposta do Seminário Interativo que temos realizado supera a forma tradicional e um tanto desqualificada que muitas vezes revestiu e desgastou o formato dos seminários universitários. Por relatos de alunos que encontramos em nossa trajetória docente, soubemos de professores que, em outros tempos e locais, escolhiam um livro com o número exato de cap tulos correspondentes ao número de aulas a serem ministradas, e dividiam exatamente por entre duplas de alunos o conteúdo a ser desenvolvido, ficando o docente como expectador no fundo da sala, assistindo às apresentações esforçadas dos alunos e pouco auxiliando-as. Já em 1980, Balzan (apud Althaus, 2011) alertava-nos para a banalização da prática e da transferência da organização do saber e da informação em sala de aula repassadas aos alunos: “Na literatura pedagógica, algumas observações são feitas quanto aos equ vocos na utilização de seminários no contexto educativo: quando não há a preparação de todos os componentes do seminário,“o encontro corre o risco de ser transformado em aula expositiva e perder muito de suas virtualidades geradoras de discussões” (Severino, 2007 apud Althus, 2011). Al m disso, a substituição do monólogo do professor pelo do aluno, a extrema divisão do trabalho “em partes”, a ausência de interação entre os participantes ou ainda, deter-se em superficialidades são outros problemas presentes (Balzan, 1980). Critica-se tamb m a banalização do seminário, quando se restringe à prática de resumos de cap tulos de livros feitos por alunos e apresentados na sala de aula,

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