Innovando en la educación superior: experiencias clave en Latinoamérica y el Caribe 2016-2017. Volumen 1: gestión curricular y desarrollo de docencia

38 VOLUMEN 1: GESTIÓN CURRICULAR Y DESARROLLO DE LA DOCENCIA partimos para a elaboração de uma estrat gia pautada em um modelo conceitual da graduação baseado em oito pilares: atualização dos curr culos; elaboração de princ pios orientadores do processo de ensino e aprendizagem; integração entre ciência, tecnologia, inovação e internacionalidade; engajamento do corpo docente; metodologias inovadoras nos processos de ensino e de aprendizagem; avaliação por competência; incremento das estruturas de apoio ao estudante; modernização e adequação da infraestrutura. A formulação, a articulação e o monitoramento de tal estrat gia esteve a cargo do Comitê de Inovação na Graduação (CIG), formando pelo pró-reitor de graduação (1) e seus diretores (3), representantes das Escolas (9) e dos Campi fora de sede (3), das demais pró-reitorias (4), da Agência PUC (1), da área de Educação (2) e dos estudantes (2). Couberam a essa instância, inicialmente, duas tarefas: [1] acompanhar a implementação de nove projetos-piloto (um em cada Escola) de metodologias para aprendizagem ativa, a cargo dos Núcleos de Excelência Pedagógica ; [2] elaborar o Plano de Desenvolvimento da Graduação , que foi aprovado no final de 2015 e está em fase de implantação, cuja primeira estrat gia foi a elaboração e discussão dos princ pios orientadores para a graduação. Princípios orientadores para a graduação Depois de amplamente discutidos no CIG, elaborou-se uma estrat gia para a disseminação dos princ pios na comunidade acadêmica que partiu, primeiramente, do envolvimento dos professores e, em seguida, dos estudantes. Os princ pios foram publicados em uma cartilha que, em 2014, foi discutida com todos os docentes e gestores da universidade. Ao todo, foram realizadas treze sessões de um Ciclo de Debates intitulado “ O futuro agora ”, no qual professores e gestores puderam debater e aprofundar, do ponto de vista teórico, metodológico e prático, cada um dos cinco princ pios: dedicação, cooperação, autonomia, senso cr tico e honestidade. A estrat gia desenvolvida na PUCPR partiu de uma convicção: para que a inovação nos processos de ensino e aprendizagem fossem realmente eficazes e despertassem o engajamento de toda a comunidade acadêmica, era necessário promover uma mudança cultural, ou seja, uma alteração no modo como cada um dos atores entende o seu papel educativo. Trata-se de uma mudança no ethos universitário, ou seja, uma mudança de comportamento e de atitude que não súbita e nem realizada de uma vez por todas, nem sequer com todos ao mesmo tempo. Uma mudança desse n vel, para que seja eficaz, precisa ser compreendida como parte de uma estrat gia gradual e cont nua. Partir de princ pios , assim, partir de uma pr -disposição para a mudança, de um engajamento dos agentes e de um âmbito afetivo a partir do qual as práticas cotidianas façam sentido. O contrário seria a construção de modelos a partir “de cima” ou “do centro”, normatizados por regras acadêmicas pouco eficazes e sem a sustentação da autoconsciência dos agentes. Amparados numa reflexão sobre a missão da educação na formação de sujeitos autônomos, cooperativos, dedicados, cr ticos e honestos, projetamos um ideal de egresso e, ao mesmo tempo, um modelo de universidade capaz de promover aquela renovação cultural que Nietzsche desejava no final do s culo XIX. Aos poucos, docentes e discentes vão compreendendo que o ato de educar não mais do que despertar esses princ pios , para que os sujeitos educativos sejam capazes de agir de forma cidadã, em vista da transformação social e em benef cio de toda a comunidade da vida no planeta.

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