Innovando en la educación superior: experiencias clave en Latinoamérica y el Caribe 2016-2017. Volumen 1: gestión curricular y desarrollo de docencia

201 VOLUMEN 1: GESTIÓN CURRICULAR Y DESARROLLO DE LA DOCENCIA b) Qualquer que seja a metodologia ativa escolhida para ser utilizada, fundamental a adesão do corpo docente, sem o qual nenhuma mudança efetivamente acontecerá nas salas de aula do ensino superior. Sobretudo, a primeira mudança deve ser a da atitude do professor, deslocando a preocupação do ensino para a aprendizagem, tornando o aluno o protagonista do processo e colocando-se na posição de estrategista e articulador de uma sala de aula em que os alunos pensam e trabalham. c) Al m de mudar a atitude do professor, a cultura do aluno em relação ao processo de ensino- aprendizagem tamb m precisa ser alterada: de passivo para ativo. A metodologia ativa exige dos alunos adesão e trabalho intelectual com o qual ele, geralmente, no Brasil, não está acostumado. Ao comprometer-se com o próprio aprendizado, grande parcela do trabalho cognitivo responsabilidade do aluno, e não do professor. O problema que o aluno (e toda nossa sociedade) partilha da ideia de que “o professor dá aula” e, por isso, o aluno aprende. Ou seja, a concepção equivocada a de que o professor seria capaz de transferir conhecimentos para o aluno, sem qualquer esforço da parte do discente. E metodologias ativas invertem esse racioc nio: aluno aprende lendo, pensando, interagindo, pesquisando, construindo. E nunca apenas ouvindo o professor. d) Utilização de metodologias ativas exigem mudanças em todo o ecossistema do ensino superior, inclusive de seus principais atores: professores, alunos e gestores. Al m dos atores, uma s rie de elementos acessórios são repensados: carga horária compat vel com as exigências para a utilização de metodologias ativas; tecnologias necessárias para a otimização (organização do “fazer a aula”, coleta de dados, feedback imediato, relatórios dos resultados) das aulas que utilizam metodologias ativas; disciplinas, objetivos, áreas de saber, competências e habilidades das diversas áreas profissionais, ou seja, o próprio projeto pedagógico dos cursos. e) Disciplinas que utilizaram metodologias ativas geraram significativos resultados positivos: 1) a curva de aprovação cresceu 40% em relação às disciplinas que utilizam metodologias passivas; 2) o percentual de ausências na disciplina que utiliza metodologias ativas diminui mais de 70%. Um traço comum na estrutura de todas as metodologias ativas o da preparação, por parte do aluno, que antecede à aula, tamb m chamada de leitura pr via. Para o LMI, esse era, certamente, o momento mais desafiador da aplicação das metodologias, pelo histórico que t nhamos dos alunos no ensino superior noturno – na sua maioria trabalhadores – de não adesão à leitura. O problema que, sem leitura pr via, não há como utilizar metodologias ativas. Por m, a efetiva utilização nos fez perceber que, se há uma finalidade prática e objetiva para a realização das leituras, a adesão dos alunos do ensino superior brasileiro, na nossa experiência de instituições particulares, acontece. E tal constatação foi poss vel observar logo no in cio de nossa experiência, com a metodologia “peer instruction”, no ano de 2013:

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