Innovando en la educación superior: experiencias clave en Latinoamérica y el Caribe 2016-2017. Volumen 1: gestión curricular y desarrollo de docencia

107 VOLUMEN 1: GESTIÓN CURRICULAR Y DESARROLLO DE LA DOCENCIA O Peer Instruction , metodologia preconizada pelo f sico Eric Mazur, envolve e motiva os alunos por meio de um processo pedagógico estruturado em questionamentos e discussões entre os colegas, conforme a seguinte sequência didática: 1) estudo pr vio; 2) breve exposição do tópico conceitual pelo docente; 2) aplicação de testes conceituais utilizando dispositivos de aferição de aprendizagem ( clickers , cartões, show hands ), verificando-se imediatamente o percentual de aprendizado da sala; 3) o professor estimula os alunos para que discutam as questões conceituais, sobretudo quando o percentual de acerto fique entre 30% e 70% 10 , repetindo a aferição (Mazur, 2015). Com base nos relatos dos docentes que aplicaram o Peer Instruction (Couto; Juraseky, 2015), verificou-se que a metodologia potencializou o processo educacional qualificando o conhecimento adquirido pelos alunos assim como possibilitou mais dinamicidade, reflexão e aprofundamento do conteúdo de suas aulas. Dificuldades com tecnologia ( clickers ou dispositivos móveis, falhas na conectividade) podem desestimular a adoção do Peer Instruction , no entanto, a metodologia em si mais importante do que a tecnologia utilizada para auxiliar a aferição da aprendizagem. A experiência com o Team-Based Learning tem sido extremamente significativa. A metodologia, desenvolvida por Larry Michaelsen (Michaelsen, Sweet & Parmelee, 2008), estrutura-se em: 1) estudo individual pr vio; 2) teste individual; 3) teste em grupo; 4) contestação; 5) feedback ; 5) atividades de aplicação e problematização dos conceitos. Verificou-se, com a introdução da metodologia, que os alunos passaram a ter maior envolvimento e comprometimento, integração de estudantes em grupos heterogêneos e melhoria no processo de aprendizado. Resistência na formação de grupos heterogêneos e não por afinidades e falta de compromisso do aluno com a leitura pr via podem dificultar a implementação do TBL (Marques; Vilhegas 2015), mas os resultados positivos encorajam a superação de entraves que estão relacionados à mudança de cultura de aprendizagem. O PBL um m todo de ensino caracterizado pelo uso de problemas, reais ou semelhantes aos reais, por meio do qual os estudantes adquirem conhecimentos relativos a conteúdos espec ficos e desenvolvem habilidades e competências para resolução de problemas e pensamento cr tico (Ribeiro; Mizukami 2005). A metodologia bastante diversificada quanto aos seus formatos, indo do modelo curricular, como preconizado pelas universidades de McMaster e Maastricht, at a adoção pontual em segmentos da aula, chamado post- holing (Ribeiro, 2010). Na Toledo Prudente, o PBL tem sido adotado em formato parcial (em uma ou mais disciplinas de um curriculum convencional) e post-holing (aplicação pontual em uma disciplina baseada em aulas expositivas). Os resultados são altamente positivos. Dos professores que aplicaram a metodologia, 90% apontaram como alta ou muito alta a motivação dos alunos, bem como indicaram como alto (70%) ou muito alto (30%) o fator de aprendizado com o estudo de problemas (Gonçalves; Turino, 2015). A comparação entre resultados obtidos com aprendizagem ativa e aprendizagem tradicional (pautada na transmissão do conteúdo pelo docente) estimulante. Marques e Vilhegas (2015) cotejaram o TBL com aulas tradicionais e verificaram ganho de rendimento dos alunos e redução significativa da taxa de insucesso. Houve decr scimo do percentual de retenção dos alunos de 29% em 2013 (classe tradicional) para 11% em 2015 (aulas com TBL). Al m disso, a metodologia contribuiu para elevar o percentual de frequência às aulas e, na visão dos próprios estudantes, foi fundamental para aprenderem a trabalhar em grupo, melhorar a compreensão de textos e aumentar o aprendizado do conteúdo. Com o Peer Instruction , as vantagens da aprendizagem ativa tamb m se sobrepõem à aprendizagem tradicional: maior interação do docente com o estudante e entre os próprios estudantes, motivação, reflexividade dos alunos, aula 10 Quando a classe não atinge percentual de 30%, o professor retoma a exposição conceitual. Acima de 70% ou percentuais maiores, o docente tem condições de avançar para o próximo tópico do conteúdo.

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