Innovando en la educación superior: experiencias clave en Latinoamérica y el Caribe 2016-2017. Volumen 1: gestión curricular y desarrollo de docencia

102 VOLUMEN 1: GESTIÓN CURRICULAR Y DESARROLLO DE LA DOCENCIA Introdução O presente texto visa compartilhar a experiência de inovação acadêmica em um centro universitário brasileiro, procurando identificar os aspectos norteadores e os resultados dessa jornada ainda em curso. Embora cada instituição possua sua realidade própria e esteja inserida em um contexto particular, espera-se que a sistematização dos aprendizados venha a contribuir para o diálogo com outras instituições de ensino latino-americanas cujos esforços estejam direcionados à inovação do ensino superior. A instituição protagonista desse relato (Centro Universitário Antônio Eufrásio de Toledo de Presidente Prudente) já havia completado seu cinquentenário quando decidiu implantar uma pol tica de inovação acadêmica em seus 11 cursos de graduação. 2 A despeito de ser uma instituição tradicional no interior do Estado de São Paulo (Brasil) e de possuir indicadores oficiais de excelência educacional com expressão nacional, 3 a instituição iniciou em 2013 um processo de mudanças pedagógicas. Na origem da decisão, a tomada de consciência diante das transformações nos perfis dos alunos e do mercado de trabalho e o desejo constante de melhoria. A experiência que se pretende relatar abrange inovações pedagógicas relativas à adoção de metodologias ativas e fundamenta-se em quatro pontos centrais: (1) a compreensão do perfil dos estudantes em um cenário acelerado de transformações; (2) a construção de redes de colaboração para a inovação; (3) a definição de metodologias de ensino adequadas à formação de estudantes para o mercado de trabalho; (4) projetos “mão na massa” e sua interação com os problemas da comunidade. Aprender com os estudantes A implantação de uma pol tica institucional de inovação acadêmica deve ter sua centralidade no estudante, levando-se em conta o aluno “real” e o perfil de egresso que se deseja formar. Quanto ao aluno “ideal”, isto , aquele que o mercado procura, espera-se que este seja dotado de habilidades intang veis ( soft skills ), entre as quais, autoconfiança, habilidades sociais e de comunicação, automotivação, liderança e trabalho em equipe, mobability (habilidade de cooperar e trabalhar em grandes grupos simultaneamente), protovation (inovação destemida em contextos de mudanças aceleradas) e emergensight (habilidade para lidar com resultados inesperados e em situações de complexidade), entre outras (Morell, 2014; Musa et al., 2012). No tocante ao estudante “real”, preciso que as instituições de ensino envidem esforços de pesquisa para melhor conhecê-lo. Trata-se de fazer o que chamamos de “aprender com os estudantes”, conhecer suas preferências e perfil. No curso da introdução das mudanças pedagógicas na IES, duas pesquisas significativas foram realizadas junto ao corpo discente: a primeira, traçando o seu perfil geracional e de preferências de aprendizagem. A segunda buscou conhecer os estilos de aprendizagem predominantes no alunado a partir da aplicação do Questionário de Estilos de Aprendizagem Honey-Alonso em sua versão adaptada para o português por Miranda e Moraes (2008, p. 4-28). 2 Direito, Administração, Ciências Contábeis, Serviço Social, Ciências Econômicas, Sistemas de Informação, Gestão Financeira, Marketing, Arquitetura e Urbanismo, Engenharia de Produção e Engenharia Civil. 3 Em 2014, a IES figurou como a primeira em um ranking dos 30 melhores centros universitários brasileiros, levando-se em conta o Índice Geral de Cursos, indicador oficial que tem como parâmetro o desempenho dos alunos no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes, a qualificação do corpo docente e a infraestrutura. Cf. PATI, Camila. As melhores universidades do Brasil, segundo o MEC. Revista EXAME . Dispon vel em: <http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/as-melhores-universida- des-do-brasil-segundo-o-mec> Acesso em 10 nov. 2015.

RkJQdWJsaXNoZXIy Mzc3MTg=