El derecho a la ciudad y la vivienda : Propuestas y desafíos de la realidad actual: XIII Encuentro ULACAV; V Jornada internacional de vivienda social

que ficou responsável pela realiza9ao do trabalho social nos seguintes empreendimentos - Bairro Cidade, Duque de Caxias, La9ador e Alta Vista. No período de julho á dezembro de 2005 acompanhou-se o trabalho técnico social realizado no Residencial La9ador - 1 ano e 3 meses após sua ocupa9ao. Muitos problemas foram surgindo no empreendimento desde a sua inaugura9ao - interfones com problemas, falta de seguran9a, roubo de luminárias de emergencia e extintores de incendio (pelos próprios moradores), fissuras nas fachadas, entre outros. E com a demora na solu9ao destes por parte da administradora, tornou-se evidente a falta de afinidade entre esta e os moradores, principalmente quando da tentativa de exonera9ao do síndico do empreendimento (os moradores enviaram um documento para a GILIE, em Porto Alegre, com assinatura de 70% dos arrendatários). Tendo em vista as dificuldades encontradas pelos moradores em se organizar e a insatisfa9ao destes com a administradora e conseqüentemente com a CAIXA, o contato com a assistente social, nas reunices de trabalho técnico social, se resumiu ao relato dos problemas encontrados por eles, resumindo, muitas vezes o Trabalho Social a um momento de reclama9ces. Os moradores afirmam que a lmobiliária lucra com a manuten9ao e troca de alguns materiais, segundo eles, cerca de 20% sobre os servi9os realizados, e que existem problemas no Condominio que foram detectados desde a inaugura9ao do mesmo e que ainda nao foram solucionados pela lmobiliária. "Falta um pouquinho de esfor90 da lmobiliária" - comenta um morador do Conjunto. A construtora nunca quis fazer reuniao no empreendimento porque, segundo os moradores, tem medo das atitudes dos mesmos. A lmobiliária costuma fazer reunices mensais, porém o síndico do empreendimento, que, neste caso é o proprietário da imobiliária, nunca participa destas reunices. "Se ele chegar a vir, vai apanhar!" - desabafa um dos arrendatários. Também houve muitas reclama9ces quanto á localiza9ao dos salces de festas. "Que cabe9a fazer o salao aqui embaixo com tanto espa90" - comenta urna arrendatária, deixando explícito que os moradores nao se mostraram satisfeitos com o projeto dos salces, pois gostariam que estes fossem em um local mais afastado 9 • Em outros trabalhos de pesquisa 10 , foi constatada a insatisfa9ao dos moradores com as questces de seguran9a, e suas interven9ces nas habita9ces na tentativa de garantí-la. Observa-se, para o conjunto, urna concep9ao de sistema de acessos que resultou em nove acessos diferentes para os tres blocas. Essa concep9ao buscou maior integra9ao do espa90 exterior com o espa90 interno coletivo; entretanto, os moradores possuem urna leitura diferente, apontando para a dificuldade no controle destes acessos e conseqüente aumento da inseguran9a. Estes fatos, entre outros, evidenciam que nao houve participa9ao na fase de projeto, e mostra o grande potencial deste trabalho conjunto na fase de projeto entre os futuros usuários e os projetistas. Os requisitos dos usuários foram pressupostos pela equipe de projetistas, pois, pela própria formula9.30 do Programa PAR, na fase de projeto este usuário é ainda um desconhecido, semente definido pela sua inclusao em urna determinada faixa de renda. 9 O Residencial Lacador apresenta-se tres blocos de quatro pavimentos, em fila e periférico a gleba. Os blocos sao articulados por circula95es em todos os pavimentos. Os dois sal5es de festa localizam-se no térreo de um dos blocos, junto ao principal acesso. sendo que ha apartamentos tanto sobre o salao (no 2° pavimento) como lindeiros a estes. 10 MEDVEDOVSKI, N. S., SÁ BRITO, J. N., COSWIG, M. T., TILMANN, P. A.. Utopías da Forma Espacial x Processo Social: um estudo de caso do PAR La1,ador na cidade de Pelotas. In: PROJETAR. 11 Seminário sobre Ensino e Pesquisa em Projeto de Arquitetura. Porto Alegre, 2005. Anais...

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