Relaciones Chile-Brasil en la década de los noventa
RELACIONES CHILE-BRASIL EN LA DECADA DE LOS NOVENTA abertura da nossa,~conomia for se consolidando, majores as nossas oportunidades de comércio com o Chile. Por sua vez; o Brasil impor– ," 'tou 487,4 milhóes de dólares do Chile em 1990, representando cerca ,; de 6% das exporta~es chilenas, constituindo nosso país como o quarto mercado importador de produtos do Chile, o que justifica o comércio de máo-dupla queo empresário brasileiro recomendou nos anos oitenta, anteriormente citado. O Senador Pedro Simón, com a sua eloqüencia e coragem conhecidas em meu país, um bravo líder da resistencia aos regimes autoritários, lamentou que temas como a estrada do Pacífico, que ligaría o Rio Grande do Sul ao Chile, nao tenha sido devidamente levados em conta neste Seminário, advertindo que o atual"milagre" chileno, se indiferente aos objetivos integracionistas, podera sofrer os mesmos percal~s do chamado "milagre" brasileiro. Compartilho d,as preocupa~óes do eminente Senador gaúcho, mas em termos de experiencia chilena, me parece que o erro do Brasil foi que os·m¡litares optaram pelo autoritarismo político e a autarquía económica, enquanto no Chile QS militares se apegaram a um duro regime político m~s d~ixa[am clara sua op~áo pela economia de mercado. ' Neste momento de transi~ao, o Chile nos conduz a outra im– portante retlexáo. Sem entendimento, as nossas sociedades, cheias de contrastes e ,ressentimentos, nao seguiráo avan~ando no atual tempo histórico, da plena integra~áo internacional das economias e dos objetivos democráticos. O grande Presidente do Chile, Don Patricio Aylwin, que per– sonifica o grande momt(,nto democrático de seu país, é o responsável pela continuidade da política económica advinda da'i amarguras do recente passado. "La Concertación" é a sua palavra-chave e é o signo deste grande momento que o Chile vivencia. E até mesmo no campo político, nao custa ouvir a voz sábia e prudente do estadista Don Patricio Aylwin, quando aquí, como no Brasil, se tenta a improvisa~áo de regimes políticos. Veja a sua li~áo de sabedoria, numa aula pro– nunciada nesta gloriosa Universidade do Chile, com a qual concluo minha modesta interven~áo: "Si hay algo ql;le necesiJa y debe susciJar el consenso general, es el régimen político; ;~!~ no puede ser impuesto por una minoría o por una mayoría, sino' que debe ser aceptado colectivamente, ojalá como una base consensual, ya que se trata de reglas de juego de la convivencia colectiva", /280/
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