Relaciones Chile-Brasil en la década de los noventa
RELACIONES CHILE-BRASIL EN LA DECADA DE LOS NOVENTA rela~6es interamericanas, ao tornar a coopera~ao entre as nossas na~6es possível, em urna escala imaginável, há apenas alguns anos". &se era exatamente o pensamento do Embaixador Rubens Ricúpero há quase duas décadas, quando via com desanimo as ten– tativasformais de iritegra~ao, num continente encharcado de autori– tarismos autarquizantes, com apelos a direita e a esquerda. Hoje, exceto Cuba, todos os países da América Latina tem um claro com– promisso com a democracia; somos, portanto, "o hemisfério da liber– dade", repetindo a expressao de Eagleburger. Conforme saJientou o eminente homem público de meu país, Franco Montoro, que preside esta sessao, o Brasil tem um claro compromisso constitucional de defesa da integra~áo económica, po– lítica, social e cultural da ,América Latina, cons~~nte expressa disposi~ao do parágrafo ú'riico do artigo 4° da Constitui~ao Federal. No meu entender, aliás, foi em homenagem a este bravolutador da causa democrá~ica' de meu país, que empenhou com galhardia durante duas décadas a bandeira das liberdades públicas como ex-Se– nador e ex-Governador de Sao Paulo, que a Assambléia Constituinte de 1987-1988, da qual fiz parte, inseria este importante dispositivo no texto de nossa Leí FundamentaL " . Franco Montoro há anos se empenha pela integra~áo latino– americana, qúe o nosso Presidente Fernando Collor de Mello tem emprestado prioridade em seu governo, haja vista a concretiza~ao do MERCqsUL, que teve em nosso jovem Presidente impulso decisivo. '. A in tegra~ao latino-americana sai, agora, das meras declara~6es retóricas para o pragmatismo das a~es na quadra dos novos tempos que empolgam as rela~6es internacionais. :" Como diría o Embaixador Roberto Campos, hoje eminente parlamentar, havia "entusiasmo retórico e abulia prática". Nesse mesmo trabalho, escrito em 1971, Roberto Campos reclamava que "países importantes na·ALALC como o Brasil, nao incluíam em seus planos de desenvolvimento a variável mercado comum latino-ameri– cano, senao perfunctoriamente. É evidente que sem firme decisáo política dos países membros, decisao náo simplesmente retórica, medida alguma de caráter significativo e fundamental para a consti– tui~áo do mercado comum poderá ser tomada.. .Aliás,um jovem diplomata brasíleiro, há mais de vinle anos também -RubemVaJentim-, alertavaque sem a firme vontade dos /278/
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