Corea, perspectivas desde América Latina: IV encuentro de estudios coreanos en América Latina

Masiero, G.; Lee, P. H.; Albino Pimentel, j. E. teve grande participa<¡:ao do capital externo por meio de empréstimos ínter– nacionais e investimento direto externo (IED) das multinacionais, caracteri– zando-se num processo lento e gradual que, inicialmente, buscou desenvolver as indústrias de manufaturados leves, em seguida, as indústrias de base e bens de consumo duráveis. A base da economia sul-coreana até o início dos anos 1960, por sua vez, se encontrava na agricultura. Entretanto, com a implementa<¡:ao dos Planos Qüinqüenais de Desenvolvimento Económico (PQDE)S6 a partir de 1962, esse quadro sofre altera<¡:oes de modo acelerado iniciando pelo desenvolvimento da manufatura leve para a exportas:aoY Nessa época a ajuda económica dos Estados Unidos e, mais tarde, do Japao, na forma de assistencia técnica, foi determinante para o crescimento económico do país. Lembrando que a ajuda dos Estados Unidos se encaixa no contexto da Guerra Fria, com o objetivo de transformar a Coréia do Sul, bem como o Japao, na vitrine do capitalismo. 03 0 PQDE (1972-1976) foi direcionado para o desenvolvimento da indus– trializa<¡:ao pesada e química, liderado pelos grandes conglomerados nacionais de propriedade familiar, os chaebols. Nos planos sucessivos a aten¡;:ao se voltou para os setores com maior valor agregado: maquinaria elétrica, automóveis, navios, produtos químicos, semicondutores etc. A partir da metade dos anos de 1980 a enfase industrializante sul-coreana é colocada no desenvolvimento da indústria eletrónica e de informas:ao. Dessa forma, cada país engendra o seu processo de industrializa<¡:ao em momentos históricos diferentes, com modelos diferenciados, apesar da se– melhans:a nas etapas que inicia a partir dos manufaturados leves, como a indústria textiL Apesar disso, até meados da década de 1970, o PIB per capi– ta brasileiro era superior e apresentava taxas de erescimento anual similares ao sul-coreano. Contudo, ao final desse período a economía coreana passa a experimentar um rápido crescimento, havendo, já no início da década de 1980 um descolamento dos índices de PIB per capita desses dois países. O PIB per capita coreano cresceu exponencialmente, ao passo que o brasileiro permaneceu semi-estagnado desde a década de 1980. De acordo com dados 86 Foram implementados, ao todo sete PQDEs, entre 1962 e 1996. 87 KANG, T. W. Coréia: O novo Japáo? - Estrutura, estratégia e táticas que explicarn seu crescente éxito corno potencia industrial. Sao Paulo: Maltese, 1990. IV Encuentro de Estudios Coreanos en América Latina