Corea, perspectivas desde América Latina: IV encuentro de estudios coreanos en América Latina
CincuentII años tÚ relaciones de Brasil y Corea tÚl Sur: evolución po/ltico-dip/omdticl1 y tÚ comercio e invmiones período entre o fim da década de 1980 e início da década seguinte. Após vários anos de baixo dinamismo económico, a América Latina superava sua "crise da dívida externa" e buscava novos modelos e paradigmas de desenvolvimento. Das muitas compara<;:óes com o dinamismo industrial dos países do Leste Asiático, as diferen<;:as em termos de crescimento económico se tornaram evi– dentes. Tais diferen<;:as repercutiram nas rela<;:óes políticas e comerciais entre os países dos dois continentes, e, nesse contexto, as divergentes trajetórias de expansao económica dos NICs, Brasil e Coréia do Sul ganharam destaque. Em linhas gerais, ao reproduzir, ao seu modo, o modelo japones de des– envolvimento económico, baseado da industrializa<;:ao por substituis:áo de importas:óes com orienta<;:ao para as exportas;óes, a Coréia do Sul obteve um acelerado crescimento económico, chegando ao fim da década de 1980 expor– tando grandes quantidades de produtos industrializados. Já o Brasil, mesmo buscando a industrializa<;:ao por substituis;ao de importas:óes desde os anos 1950, nao obteve o mesmo resultado, e nem grandes altera<;:óes em seu papel na Divisao Internacional do Trabalho, como o país asiático. Nessas condi<;:óes a Coréia do Sul, em sua rela<;:ao com o Brasil, passa a desempenhar o papel de importadora de insumos e matérias-primas para a sua indústria, e exportadora de seus produtos industrializados, reproduzin– do, basicamente, as relas:óes dos países desenvolvidos com os países sub– desenvolvidos. Grosso modo, o maior dinamismo económico sul-coreano, contrastado com o brasileiro marca e influencia sobremaneira a evolus:ao política e diplomática, económica e comercial entre os dois países. Essa tra– jetória que se inicia em 1949 com o reconhecimento da República da Coréia pelo Brasil (oitavo país do mundo e segundo latino-americano a faze-Io) ganha impulso com o estabelecimento de relas:óes diplomáticas entre os dois países em 1959. Após 50 anos de amizade entre o Brasil e a Coréia do Sul, parece-nos opor– tuno revisar esse relacionamento em seus aspectos políticos e diplomáticos, económicos e comerciais. Dessa forma, o texto se divide em duas partes: a primeira procura sintetizar 50 anos de rela<;:óes político-diplomáticas, e a se– gunda destaca aspectos mais estritamente comerciais e de investimento do relacionamento recente entre os dois países. Além da descris;ao da evolu<;:ao do relacionamento entre os dois países, urna tentativa de síntese é elaborada nas considera<;:óes finais. 60 Corea, perspectivas desde América Latina
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