Corea, perspectivas desde América Latina: IV encuentro de estudios coreanos en América Latina

Lytton L. Guimaráes v. Condusao e recomenda'j:oes 44 A presenífa da Coréia do Sul na América Latina se inicia formalmente com o estabelecimento de relaífóes diplomáticas com o Brasil em 1959. Em meados de 1980 a Coréia havia estabelecido relaífóes diplomáticas com quase todos os países latino-americanos e caribenhos. Entretanto, maior aproximaífao entre as partes só irá ocorrer com a retomada do poder civil naquele país e a elei<¡:ao do Presidente Kim Young-sam (1993-1998), que realizou visita de Estado a países latino-americanos e iniciou um ciclo de diplomacia presidencial, se– guido por seus sucessores. Acordos foram firmados, comih~s e foros foram estabelecidos, tendo em vista a construífao de um marco institucional que permitisse a expansao do comércio entre as duas partes e maior presenífa de empresas coreanas na América Latina. Esse novo ciclo contribuiu para elevar o nível de entendimento mútuo, resultou em mudanífas institucionais no pró– prio MOFAT, contribuiu para aumentar os investimentos da Coréia na Amé– rica Latina e deu grande impulso ao comércio bilateral; entretanto, o ciclo até entao promissor foí interrompido com a crise financeira de 1997/1998. Com a recuperaífao da economia coreana e a retomada da diplomacia presidencial, surgiram novas perspectivas de cooperaífao e parcerias. A pro– mOífao de Tratados de Livre Comércio (o primeiro concluído com o Chile em 2004) tornou-se parte de novas estratégías coreanas para revigorar o relacio– namento com a América Latina. O MOFAT continuou a manter com a regiao o que define como "diplomacia pragmática", que visa a assegurar a Coréia condiífóes favoráveis para o comércio, investimentos e o fornecimento de fon– tes energéticas e de matéria prima. Nao obstante o interesse amplamente demonstrado e as várias iniciativas decorrentes da diplomacia presidencial e de novas estratégias, um exame dos "White Papers" divulgados pelo MOFAT (2006, 2007, 2008, 2009), o último dos quais inclui a nova política externa do Presidente Lee Myung-bak, a Amé– rica Latina é mencionada apenas superficialmente, o que parece indicar que o lugar a ela reservado tem sido pouco relevante, permanecendo principal– mente na condi~ao de fornecedor de fontes energéticas e de commodities, e um atraente mercado para os produtos coreanos de alto valor agregado. Ao 44 Na elabora;yao desta sec;yao, ° autor se inspirou, em parte, em DOO (2009). IV Encuentro de Estudios Coreanos en América Latina 53

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