Corea, perspectivas desde América Latina: IV encuentro de estudios coreanos en América Latina

A Polltíca Externa da República da Coréia ea América Latíntl Em setembro de 1996 o Presidente Kim Young-sam, acompanhado por mais de 40 empresários, visitou cinco países latino-americanos: Argentina, Brasil, Chile, Guatemala e Peru. Esta foí a primeira visita de Estado de um governante coreano a um grupo de países da América Latina. Vários acordos foram firmados na ocasiao, tendo em vista a criacrao de um marco institucio– nal para a expansáo do comércio e a cooperacráo, assim como maior presencra de empresas coreanas na regiáo. O Presidente Kim manteve reuniao conjunta com os Presidentes da Guatemala, Costa Rica, El Salvador, Honduras e Nica– rágua, quando concordaram em estabelecer o Diálogo e Fórum de Coope– ra~ao Coréia-Centro América. Na visita ao Brasil foi criado o Comité Brasil– Coréia para o Século XXI com o fim de promover melhor entendimento. e coopera<;ao entre os dois países (GUIMARÁES, 2009). KWAK (2004, p. 65-67) revela que a visita contribuiu para elevar o nível de entendimento mútuo e resultou em importantes mudan<;as institucionais na Coréia, com a criacráo no Ministério dos Negócios Estrangeiros do Bureau de Assuntos Latino-Americanos e Caribenhos e a fundac;:áo do Conselho Corea– no para a América Latina e Caribe. Outro resultado da visita foi o aumento do volume de investimentos da Coréia e um grande impulso no comércio com a regiao. Kwak mostra que a América Latina tornou-se um dos mais importan– tes parceiros comerciais da Coréia nos anos 1990, quando aquele país regis– trou constantes déficits em sua balanera de pagamentos global. Por outro lado, no mesmo período as importac;:óes de produtos latino-americanos pela Coréia mantiveram-se em baixo patamar. Em síntese, no curso da década de 1990 a Coréia comec;:ou a reexaminar suas relac;:óes com a América Latina, quando as prioridades tradicionais -ideo– logía anticomunista e emigrac;:áo- já nao atendiam a seus interesses. Questoes da agenda global como comércio internacional, investimentos, prote(j:áo ao meio ambiente, prevenc¡:ao e combate ao crime organizado, desenvolvimen– to económico e outras, passaram a dominar também a agenda das relac;:oes Coréia-América Latina, que se tornaram mais intensas e mais densas. Entre– tanto, a crise financeira de 1997/1998, que atingiu a Coréia e outros países asiáticos, com repercussoes posteriores na Rússia e no Brasil, teve efeitos ne– gativos nas relac¡:oes com a América Latina, especialmente no que se refere aos planos de investimentos assumidos por empresas coreanas, os quais foram Corea, perspectivas desde América Latina

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