Corea, perspectivas desde América Latina: IV encuentro de estudios coreanos en América Latina

Lytton L. Guimaráes espécie de continuum. O realismo e suas vertentes se identificariam mais com o objetivismo, enquanto que o idealismo e suas vertentes se identificariam mais com o interpretativismo. Para os propósitos deste trabalho o termo política externa refere-se a um conjunto de objetivos ou metas que compóem um programa de iniciativas e ac;:óes definidas por um governo, em nome do Estado que representa, e diri– gidas essencialmente a outros atores internacionais, governamentais e nao– governamentais. O presente estudo parte da premissa de que fatores económi– cos, políticos e de seguranc;:a desempenham papel determinante no processo de formulac;:ao e implementac;:ao da política externa da Coréia; esses fatores sao produto da interac;:ao e interdependencia de fenómenos associadostanto a Inmenpolik como a variáveis sistemicas. O trabalho se vale principalmente de informac;:óes baseadas em fontes ofi– ciais, livros e artigos de periódicos e de centros de pesquisa (think tanks), com– plementadas por matérias extraídas de revistas, jornais e internet. Do ponto de vista metodológico o trabalho se aproxima mais do interpretativismo. 3. Breve História Política da Coréia do Sul 31 A história política da Coréia do Sul se inicia em 1948, com a criac;:ao da República da Coréia e a eleic;:ao, pela recém-constituída Assembléia Nacio– nal, de Syngman Rhee como o primeiro Presidente. Com estilo de governo quase ditatorial e valendo-se do slogan do anticomunismo, Syngman Rhee permaneceu na presidencia até abril de 1960, quando foi forc;:ado a renunciar, acusado de fraude eleitoral, corrupc;:ao, ditadura e outros delitos. (1) O Ciclo Militar O governo seguinte mostrou-se frágil e sem condic;:óes de controlar as constantes manifestac;:óes populares. O General Park Chung-hee aproveitou– se da situac;:ao para liderar um golpe de estado; em 1961 tornou-se o homem forte do país e se elegeu Presidente da República em 1963. Park estabeleceu um ousado plano nacional com o objetivo de transformar a Coréia do Sul em 31 Além de outras fontes citadas, a seguinte bibliografia foi consultada na elabora<;:áo desta parte do trabalho: ARMSTRONG (2002); KOO (1993); KIM (2003); SNYDER (2003); CHOI (2007); JO (2009). IV Encuentro de Estudios Coreanos en América Latina 37