Libro de Actas. 2° Congreso de Educación y Pedagogía

Libro de Actas 2° Congreso de Educación y Pedagogía de la Universidad de Chile. CEDUP 2025 Santiago, Chile 15-17 enero 2025 372 oito municípios. Os dados iniciais corroboram estudos sobre o filantrocapitalismo e seus interesses no campo educacional. Além disso, identificou-se a presença da Big Tech Google em dois municípios, por meio da plataforma Google for Education, já amplamente disseminada nas redes estaduais de ensino brasileiras (Garcia & Adrião, 2023). As informações preliminares sugerem que grandes corporações têm interesse em municípios de grande porte no estado de São Paulo, onde o volume de matrículas é significativo. Destaca- se como novidade na última década a presença da Google nas redes municipais, já fortemente instalada nas redes estaduais de ensino brasileiras (Garcia, Adrião, 2023). Considerando a presença das plataformas digitais na educação pública, aborda-se ainda, com segundo caso, adoção de plataforma digital nas escolas estaduais paulistas. Destaca-se, nesse cenário, a introdução de plataformas digitais na gestão escolar. Os novos mercados tecnológicos (Geo Saura, 2023), impulsionados pelo recente período de isolamento social, têm crescido significativamente, influenciando tanto a organização curricular quanto a gestão escolar. Segundo Lima (2021), essas tecnologias, quando introduzidas por atores privados ou seguindo sua lógica, operam como ferramentas de hiperburocratização do trabalho. O estudo em curso indica que as plataformas digitais adotadas no ambiente denominado Secretaria Escolar Digital, SED, da Secretaria de Educação, aliadas à legislação recente, ampliam o volume de tarefas dos gestores, introduzindo mecanismos de controle em tempo real e, paradoxalmente, estimulando estratégias silenciosas de resistência, segundo depoimentos de profissionais vinculados à rede. Esses mecanismos de resistência, denominados "burlas" (Lima, 2012), não chegam a negar completamente o controle, mas podem impor limites a ele — um tema que ainda requer investigação mais aprofundada. Registra-se ainda que para além da SED, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, adota outras plataformas, com opção pelo investimento de recursos públicos na aquisição de tecnologias privadas. Os dois estudos mencionados sobre privatização na gestão da educação obrigatória indicam que a privatização analógica é acompanhada de privatização digital, com a introdução de novos atores e novas demandas para profissionais da educação alocados nas escolas públicas. Ainda, entre os municípios paulistas de grande porte, registra-se presença de atores privados em grande parte das localidades.

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