La ciudad como campo de estudio morfológico: Escenarios latinoamericanos en tiempos de crisis
314 04 Morfologías urbanas seu lugar a sede dos Correios e Telégrafos, o Jardim Municipal derivou em parte do lote ocupado atualmente pelo equipamento cultural denominado “Sesc Glória”, e a Praça Floriano Peixoto, de fato, ainda permite poucas es- peculações mas parece ter existido nas proximidades do equipamento cultu- ral Mercado da Capixaba, situado ao longo da Avenida Jerônimo Monteiro. 4. Comentários finais Como tudo o que dura muito tempo, a forma urbana primitiva não ul- trapassou as diversas camadas do tempo sem passar por deformações, in- tervenções, alterações. Compreende-se com isso o espaço público como elemento fundamental e indispensável no processo de conservação da memória das cidades pois estes são mais duradouros do que os edifícios. A pesquisa bibliográfica e cartográfica realizada lançou um ponto de luz so- bre a importância do estudo da persistência do espaço público para enten- dimento da história urbana de Vitória, caso de estudo escolhido. Entretanto reconhece-se a necessidade de aprofundamento nas questões conceituais e metodológicas postas pela tradicional Geografia Francesa tais como Maxi- milien Sorre, Jean Tricart e Georges Chabot inclusive explorando as noções de situação, sítio e da utilização de mapas antigos como instrumento de metodológico. Com a pesquisa realizada também foi possível aferir, mesmo que hipo- teticamente, alguns dos motivos para a persistência das estruturas pú- blicas pretéritas: a permanência de equipamentos civis ou religiosos que motivaram a construção dos espaços livres; e, possivelmente, as carac- terísticas das linhas topográficas existentes. Por consequência foi ra- zoável entender o peso do espaço livre construindo em afinação com os edifícios das ordens religiosas na construção do espaço público atual da área central, mesmo que algumas daquelas igrejas já nem existam mais... Neste momento da pesquisa não ficam claras as questões relativas a in- terferência de processos socioeconômicos na forma das praças senão pela verticalização do entorno, portanto, em análise bidimensional a variá- vel gentrificação não aparece em destaque. Pelo contrário, pode-se ava- liar a interferência do sítio físico pois quanto mais próxima praça do nú- cleo fundacional (uma colina) mais mudanças este espaço experimentou. Após a conclusão desta primeira etapa da pesquisa relatada neste artigo, reforça-se a possibilidade de dar continuidade as pesquisas morfológicas iniciadas, detalhando-se e aprofundando-se nas questões a fim de ganhar profundidade nas reflexões iniciais.
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