La ciudad como campo de estudio morfológico: Escenarios latinoamericanos en tiempos de crisis

308 04 Morfologías urbanas 3. Resultados e discussões Com o redesenho da cartografia de 1767 foi possível verificar a existên- cia de quatro largos defronte a cada uma das igrejas então existentes: de São Thiago e da Misericórdia, de Nossa Senhora da Vitória (matriz), de Nossa Senhora da Conceição da Prainha e do Convento de São Francis- co e Santo Antônio. A respeito destes largos, a leitura de Novaes (s.d.) e Elton (1999) permitiu recuperar as toponímias que faziam referên- cia a cada um dos edifícios religiosos, a saber: Largo do Colégio/Afon- so Brás, Largo da Matriz e Prainha/Largo da Conceição. Sobre a área defronte ao Convento não foram localizados indicativos de toponímia. Além destes espaços, sem dúvida de uso público e associados à im- plantação de equipamentos se notam no referido documento carto- gráfico alguns espaços livres, construídos provavelmente com função comercial, na forma de estruturas que avançavam sobre a linha d´a- gua do tipo cais, com destaque para a inscrição no mapa: “trapiche que foi dos padres da Companhia”. Nota-se ainda neste mesmo documen- to uma área central e alagada que, na literatura (Novaes, s.d), se identi- ficou por “pelames” e ainda outra alusiva ao pelourinho junto à Casa de Câmara e Cadeia, localizada entre a Igreja da Misericórdia e a Matriz. Com o redesenho da cartografia de 1909, foi possível verificar a existên- cia de cinco praças, nomeadamente: João Clímaco, Pedro Palácios, San- tos Dumont, Costa Pereira e Paula Castro. A primeira é uma continui- dade, no tempo, do Largo do Colégio embora a forma urbana em 1909 envolva um processo de incorporação de área derivada de demolição de um quarteirão. A Praça Pedro Palácios, por sua vez, com formato retan- gular que se aproxima da forma da atual Rua Pedro Palácios, parece ser a extensão do lugar do pelourinho registrado no documento de 1767. Já a Praça Santos Dumont é, comparativamente à planta anterior, uma in- corporação e ampliação do lugar do Cais Grande (ou Cais da Alfânde- ga), embora ajardinada e urbanizada. A Praça Costa Pereira apresen- ta-se como área pública, nas imediações do antigo Largo da Conceição e a Praça Paula Castro, por fim, sobrepõe-se ao mesmo lugar do pelames: “[1858] Cuidava o Governo de dar à cidade logradouros públicos de acordo com o desenvolvimento da população. Por isso, mediante a lei 27, de 26 de julho de 1858, desapropriou, nos Pelames, terrenos adjacentes ao Convento do Carmo e casas, que estavam arruinadas na Rua do Carmo de Baixo (Carmo pequeno) e Ladeira da Várzea, a fim de converter-se a área, desse modo conseguida, numa praça pública, arborizada, com chafariz e tanque de lavar, provido de água da Fonte Grande” (Novaes, s.d.: 236).

RkJQdWJsaXNoZXIy Mzc3MTg=