La ciudad como campo de estudio morfológico: Escenarios latinoamericanos en tiempos de crisis

273 Conforme retratado na (fig.5) , os estacionamentos inadequados (cenas 1, 3, 4) e as mercadorias nas calçadas, extrapolando os espaços das lojas, des- favorecem o potencial de caminhabilidade das vias, pois diminuem a área segura destinada aos pedestres. As cenas 2 e 3 retratam vias que deveriam ser de uso exclusivo de pedestres, mas a presença de veículo estacionados sinaliza que a presença sinaliza circulação destes veículos. Os aglomera- dos de comércio informal (cenas 5 e 6) impedem a circulação desimpe- dida dos transeuntes. É importante observar que este setor do comércio informal não foi retirado das ruas, mesmo com as melhorias das vias do centro, quando grande parte do comércio informal de camelôs foi trans- ferido para o Shopping da Cidade. Essa área não realocada existe como complemento da área do Mercado Central (fachada à esquerda da cena 2) o que pode justificar a permanência desse comércio nos arredores des- te. Diferencia-se das lojas do Shopping da Cidade pelo gênero dos pro- dutos, pois centra-se na venda de itens alimentícios gerais e regionais. Outros dados levantados que também se referem à segurança dos pedes- tres, e que, portanto, implicam na caminhabilidade, foram os de travessia perigosa e estacionamentos prejudiciais. Ambas as situações são resultado do conflito entre pedestres e veículos. Foram consideradas travessias pe- rigosas aquelas em que não existe sinalização e/ou momento seguro para o pedestre atravessar a via, especialmente nos cruzamentos nos quais os veículos podem vir tanto da via que se pretende atravessar como da outra via, que a cruza. Os estacionamentos prejudiciais são aqueles que, embo- ra permitidos, podem causar problemas de tráfego pelo tempo demorado na manobra do veículo (pois localiza-se em via bastante movimentadas) ou que existem em locais de grande fluxo de pedestres que, por terem espaço reduzido na calçada, acabam trafegando pela pista, como já men- cionado anteriormente. Quanto a este último caso, defende-se tanto a proibição de estacionamento como intervenções que garantam a exclusi- vidade de circulação para pedestres. Ainda, foram demarcados locais onde o estacionamento, embora proibido, seja prática comum. A figura a se- guir demonstra os pontos onde estão os problemas mencionados (fig.6). Em termos de atratividade, a área em estudo apresenta resultado insa- tisfatório. O espaço da praça da Bandeira em si, dentro de suas grades, embora disponha de um teatro em seu interior e seja comum encontrar pessoas sentadas em seu mobiliário, é predominantemente local de pas- sagem. Possui, também, área considerável destinada ao comércio informal de aparelhos celulares, refletindo esta atividade comercial que é corriqueira na região. O lazer pouco se desenvolve, não havendo quiosques de comida ou qualquer outra atividade, de forma frequente, que mantenha, dentro do espaço da praça, a maioria das pessoas pelo prazer de apropriar-se do local.

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