La ciudad como campo de estudio morfológico: Escenarios latinoamericanos en tiempos de crisis

266 04 Morfologías urbanas Introdução Este é um estudo vinculado ao Núcleo de Pesquisa da Arquitetura Piauiense [NEAPI] e ao Programa de Iniciação Científica [PIBIC] do Centro Uni- versitário Uninovafapi, os quais atualmente trabalham o tema “Paisagem urbana histórica piauiense: patrimônio e sustentabilidade nos dias atuais”. O urbanismo sustentável é apontado por pesquisadores como o meio atra- vés do qual as cidades poderão apresentar uma maior qualidade de vida e promover estilos de vida saudáveis (Farr, 2013; Gehl, 2013). Trata-se de pensar o ambiente urbano tendo em vista a coletividade, o baixo impacto ambiental das intervenções urbanas, menos carros e mais espaços públicos de qualidade. Para isso, é importante que as áreas centrais e históricas das cidades sejam constantemente estudadas e repensadas a fim de atender às demandas da população em cada temporalidade, atentando-se para o plane- jamento sustentável. São locais de importante papel no cotidiano das pes- soas: ofertam oportunidade de estudo, trabalho, por vezes habitação, além de serem importantes pontos no planejamento de transportes (Farr, 2013). O processo de fragmentação do tecido urbano ocorrido em muitas das grandes e médias cidades tem como uma das causas a dissociação das in- tervenções urbanas em áreas históricas, detentoras do Patrimônio Cultural edificado, e a produção de novas espacialidades, como se as áreas históricas não fizessem parte das novas dinâmicas urbanas estabelecidas (Braga, 2013; Lamas, 2010). Para Varine (2013), esse tipo de urbanização, que não consi- dera os sítios patrimoniais nas práticas de planejamento urbano, é insusten- tável, como demonstram os fracassados modelos de urbanização atuais. Se- gundo o autor, é imprescindível a integração entre intervenções nos centros históricos e planejamento urbano para que seja alcançado o desenvolvimen- to local e sustentável em todos os seus aspectos: econômico, cultural e social. Dessa maneira, Varine (2013: 98) apresenta a utilização do patrimônio como matéria-prima para a produção de novos espaços para a comunidade local como uma prática sustentável, evitando o abandono desses espaços e a sobreposição das forças econômicas às culturais e sociais a qual resulta em um turismo de massa que pouco pode ter a acrescentar aos habitantes locais. Nas palavras de Varine, o patrimônio deve apresentar-se “como parte de um todo coerente e vivo”. Vieira (2015) corrobora com essa ideia, enfatizando ainda que as áreas centrais de uma cidade possuem infraestrutura estabe- lecida e abandonar essas localidades significa um desperdício desmedido. Entende-se, portanto, que as áreas históricas da cidade são pontos cruciais de intervenção para a prática do urbanismo sustentável, especialmente no que se refere à reutilização de recursos conforme corroboram Rogers e Gu- muchdjian (2016). É partindo desse princípio que este trabalho se pro-

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