Migración internacional de enfermeras/os de América Latina 2010-2019

108 Migración internacional de enfermeras/os de América Latina 2010-2019 O Quadro 7 demonstra que são os enfermeiros peruanos que configuram a distribuição espacial dos imigrantes no país. Além de estarem presentes em todos os estados que receberam imigrantes, com exceção do estado do Espírito Santo, tem uma maior evidência participativa no Amazonas com um total de 22 ou 55,0% dos enfermeiros do Peru. Os 18 peruanos restantes, se alocaram mais em São Paulo (9) e em Minas Gerais (3), e os demais, 1 em cada estado, exceto no Espírito Santo. Os 9 portu- gueses se dirigiram preferencialmente para o Ceará (5), e o restante, para São Paulo (2), Espírito San- to (1) e Santa Catarina (1). Entre os 5 bolivianos, 3 se fixaram em São Paulo e 2 no Acre. Interessante é observar, que nemmesmo a crise social e econômica da Venezuela, vizinha e fronteira com o estado de Roraima, foi motivação de mobilidade profissional para o Brasil. O Brasil não atrai também os en- fermeiros dos países participantes do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai), evidenciado pela existência de apenas 2 enfermeiros do Uruguai em Santa Catarina. A imigração da enfermagem peruana para a região do Alto Solimões no estado do Amazonas vem ocorrendo em decorrência da existência de um espaço social de mobilidade humana e principal- mente, de encontro de culturas muito similares dos povos da Amazônia, haja vista ser a fronteira um espaço territorial e cultural e de empregabilidade pela Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas, Secretarias Municipais de Saúde e pelos Distritos Sanitários Especiais Indígenas -DSEI’s que, em fluxo contínuo contratam instituições missionárias e Organizações Sociais -OS de saúde para prestação de serviços no Subsistema de Atenção à Saúde Indígena -SASI, emmunicípios distantes da capital e de baixo IDHM, nos quais os enfermeiros brasileiros ou amazonenses, não querem trabalhar. QUADRO 7- enfermeiros imigrantes por regiões e estados segundo países de origem. Brasil: 2010 a 2019.

RkJQdWJsaXNoZXIy Mzc3MTg=