Innovar y transformar desde las disciplinas: experiencias claves en la educación superior en América Latina y el Caribe 2021-2022
3 possibilidades existentes de formação acadêmica e interação social no contexto da pan- demia. O isolamento social ocasionou mudanças na rotina dos estudantes impondo novas condições de estudo, impossibilitando relacionamentos e atividades previstas para ocorrerem presencialmente e gerando a necessidade de lidar também com as suas emo- ções e com a insegurança ocasionada pelos riscos de adoecimento físico (Cao et al., 2020). O ingresso à universidade é uma etapa significativa na vida dos estudantes e a saúde mental é uma das variáveis que podem também influenciar na adaptação e na trajetória acadêmica (Jardim et al., 2020; Leão et al., 2018). Como ocorreu a integração social ao Ensino Superior de estudantes ingressantes du- rante a pandemia Covid - 19? Quão vulnerável esteve sua saúde mental? Quais as estra- tégias para uma melhor integração e fortalecimento da saúde mental dos universitários? Ao considerar a importância do ingresso ao Ensino Superior, o qual contempla de- safios e dificuldades, o processo de integração social e acadêmica dos estudantes recebe atenção, sendo tema de diversos estudos, como os relatados a seguir. 1.1 A integração social ao Ensino Superior A integração social ao Ensino Superior ocorre no início do curso e se caracteriza como um fenômeno multifacetado, salientando a importância de apreender a forma como as relações acadêmicas e sociais são percebidas pelos ingressantes (Diniz & Almeida , 2005). A permanência e a evasão no Ensino Superior estão relacionadas também ao grau de integração dos discentes. O estudo de Magalhães (2013), realizado com 334 ingressan- tes, confirmou a hipótese de que a i ntegração s ocial é um fenômeno importante para a permanência do aluno no Ensino Superior. Os estudantes que foram identificados como não - integrados, relataram que a insatisfação relacionada ao curso e a instituição contri- bui para a intenção de abandonar os estudos. O autor salienta a necessidade de analisar a integração ao Ensino Superior considerando variáveis individuais, institucionais e so- cioeconôm icas, as quais impactam diretamente nesse processo. A elaboração de um currículo acadêmico mais flexível, visando a integração e permanência do aluno , é apontada como uma estratégia que pode favorecer a integração e evitar a evasão. Diniz e Almeida (2005) destacam que , os relacionamentos interpessoais e o reco- nhecimento, por parte do aluno, de que seu desempenho acadêmico é satisfatório , con- tribuem também para que ele consiga enfrentar os desafios e as dificuldades que surgem durante a sua formação. As adversidades emergentes quando o estudante ingressa no Ensino Superior de- mandam capacidades importantes para adaptação que, segundo Diniz e Almeida (2005), podem ser potencializadas nas primeiras semanas de aulas. Exemplos dessas capacidades são autonomia , r esponsabilidade , saber relacionar -se socialmente e conse- guir manter bom equilíbrio emocional diante de dificuldades e desafios (Sarriera et al., 2012; Teixeira et.al , 2012). A integração abrange um conjunto de quatro domínios: a cadêmico; s ocial; p essoal e v ocacional. O acadêmico envolve a construção de habilidades cognitivas, de 707
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